O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sem acesso a sua conta no Twitter, onde conta com 11 milhões de seguidores. Recluso nos Estados Unidos desde o fim de dezembro, o ex-governante usa a plataforma para manter mobilizada a sua base de apoio no Brasil. Neste último sábado (25), ele reclamou, em sua conta no Instagram, sobre a dificuldade de acessar seu perfil na outra rede.
Conforme o portal Metrópoles, o perfil de Bolsonaro na plataforma de Elon Musk se encontra em silêncio deste a última quinta-feira (23), quando fez uma publicação comparando a taxa de assassinatos no Brasil entre seu governo e gestões anteriores. No Instagram, onde conta com 25,2 milhões de seguidores, ele continua ativo.
Em um de seus stories, publicado na manhã deste sábado, no Instagram, Bolsonaro reclamou. “Tivemos algum problema no Twitter e tentamos, há mais de 24 horas, recuperar a conta em contato com a empresa. Esperamos que seja solucionado o mais rápido possível”, diz a publicação.
Diante da impossibilidade de entrar na sua conta, o ex-presidente intensificou a campanha para que seu público migre para o Gettr. Trata-se de uma rede social que funciona como um Twitter alternativo e associado à direita, criada por um ex-assessor de Donald Trump, ex-presidente dos EUA. Nessa plataforma, o ex-governante brasileiro acumula 919 mil seguidores.
A migração ao Gettr, porém, é incentivada desde o início das suspensões de figuras da extrema-direita em outras plataformas. Isso pode acontecer por decisões judiciais, como é o caso da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra perfis de três jornalistas bolsonaristas, ou das próprias empresas, como ocorreu com Trump em janeiro de 2021.
No Facebook, o perfil do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, chegou a ser suspenso por 30 dias em 2021. Antes, sua conta ficou suspensa por uma semana devido ao compartilhamento de um vídeo com desinformação sobre a pandemia de Covid-19.
O próprio Jair Bolsonaro chegou a ter uma live derrubada pelo YouTube por causa de desinformação. O então presidente da República, em outubro de 2021, fez associação inverídica entre vacinas contra Covid-19 e Aids. Seu canal na plataforma de vídeos do Google chegou a ser suspenso por uma semana.