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quarta-feira 27 de outubro de 2021 às 10:45h

Bolsonaro diz que Petrobras trabalha para acionistas e cogita privatização

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O presidente Jair Bolsonaro disparou duras críticas contra a política de preços da Petrobras, afirmou que ela hoje trabalha apenas para acionistas e que é uma estatal que só dá dor de cabeça. No entanto, afirmou que, por razões legais, não pode interferir nos valores dos combustíveis, como gasolina e diesel. Em entrevista à “Jovem Pan News”, ele afirmou também que é necessário quebrar o monopólio da companhia e ‘colocar no radar’ a privatização.

“Alguns acham que a culpa é minha. Eu posso interferir na Petrobras? Eu vou responder processo. O presidente da Petrobras vai acabar sendo preso. É uma estatal que, com todo respeito, só me dá dor de cabeça. Nós vamos partir para uma maneira de nós quebrarmos mais monopólios. Quem sabe até botar no radar da privatização. É isso que nós queremos”, disse Bolsonaro conforme o jornal O Tempo.

O presidente afirmou que, hoje em dia, a Petrobras é um ótimo negócio apenas para quem tem ações, o que inclui o próprio governo federal.

“Outro dia chegou um assessor pra mim e falou: ‘Olha, a Petrobras acabou de bater recorde na produção de barris por dia. Três milhões e pouco de barris por dia’. Daí eu falei: e qual a consequência disso? Não somos autosuficientes? Somos. Mas dado a leis do passado, a vinculação do preço do combustível, levando-se em conta o barril brent lá fora e o dólar aqui dentro, o reajuste é automático. É uma empresa que hoje em dia está prestando serviço para acionistas, mais ninguém. A chance de você perder algo na Petrobras é zero. Só o governo federal pegou 11 bilhões. Uma quantia equivalente a essa vai pra acionista. Vc compra ações de qualquer empresa você pode perder. A petrobras você não perde nunca. Ou seja: essa empresa é nossa ou é de alguns privilegiados?”, questionou o presidente da República.

Na entrevista, ao tratar da questão dos combustíveis, ele defendeu que o valor do ICMS dos combustíveis deve ser nominal e não calculado por meio de percentuais, o que aumenta a arrecadação dos Estados toda vez que o preço sobe. Ele, inclusive, chegou a elogiar uma publicação do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que anunciou o congelamento do ICMS no Estado. Apesar da mensagem de Zema nas redes sociais, porém, o que o Estado fez não foi um congelamento do ICMS, mas a redução da alíquota de 15% para 14%. Contudo, com o novo aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras, a mudança foi praticamente anulada.

Na segunda-feira (25), Bolsonaro já havia criticado a Petrobras, destacou a falta de refinaria no país e afirmado que “a paciência do povo se esgotou”. Também na segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso discutir a venda da Petrobras antes que ela não valha nada.

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