O presidente Jair Bolsonaro não vai mais manter o general Otávio Rêgo Barros como porta-voz oficial da Presidência. A decisão já foi informada aos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). De acordo com auxiliares do presidente, o próprio general já está ciente de que será exonerado.
Com a saída de Rêgo Barros também devem deixar o governo alguns de seus auxiliares, a maior parte de origem militar. Segundo uma fonte do Uol, a oficialização da saída de Rêgo Barros ainda deve demorar alguns dias.
O porta-voz foi sendo deixado de lado pelo presidente quando Bolsonaro optou por falar quase que diariamente na porta do Palácio da Alvorada. Depois, com a criação do Ministério das Comunicações, seu futuro passou a ser incerto.
Apesar de começar no cargo inicialmente ligado a Secom, Rêgo Barros e sua equipe estão atualmente subordinados a Secretaria de Governo. A mudança na subordinação aconteceu após a chamada ala ideológica do governo traçar uma estratégia para tentar enfraquecer o posto de Rêgo Barros.
Em julho do ano passado, Rêgo Barros foi alvo de críticas sobre a postura do general com a imprensa tradicional. O filho do presidente, vereador Carlos Bolsonaro, criticou abertamente o porta-voz.
Rêgo Barros também foi alvo de intrigas e divergências com o secretário da Comunicação, Fábio Wajngarten, que hoje é subordinado a Fábio Faria.
Pessoas próximas ao presidente lamentaram a decisão. Um auxiliar disse que foi debatido a possibilidade de encontrar um novo espaço para ele, mas que como o cargo será desativado, seria estranho arrumar um posto para ele no Planalto.