O otimismo dos bolsonaristas diante da tendência de crescimento de Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto esconde segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, sobre um dos principais desafios do presidente nas eleições deste ano, que é o de conseguir tirar votos de Lula.
A alta do candidato a reeleição foi confirmada na pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, com Bolsonaro subindo de 23% para 26% entre janeiro e março deste ano, acima portanto da margem de erro, de 2 pontos percentuais.
O problema para Bolsonaro é que no mesmo período Lula oscilou de 45% para 46%, dentro da margem de erro. Isso significa que os votos que o presidente tem conseguido vem de eleitores indecisos (5% dos entrevistados pela Quaest), ou de eleitores de Sergio Moro, que passou de 9% para 6% entre janeiro e março.
A dificuldade do presidente é reforçada por outro dado trazido na pesquisa da Quaest. Ele está no cenário com a menor quantidade de candidatos testados no levantamento, com só quatro opções: Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes e Eduardo Leite.
Nesse caso, Lula chega a 48% das intenções de voto lembra o colunista, contra 28% para Bolsonaro. No cenário com todos os pré-candidatos declarados hoje, Lula tem 44% e Bolsonaro 26%. Ou seja, o petista herda mais votos de nomes da terceira via do que o presidente.