Publicamente, Jair Bolsonaro (PL) afirma que ele será o candidato à Presidência, mesmo inelegível, e diz que sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), deve concorrer ao Senado. A portas fechadas, segundo a coluna de Bela Megale, do O Globo, o ex-presidente já admite uma chapa presidencial sem o seu nome, incluindo Michelle como vice. A possibilidade, porém, só é colocada na mesa em uma eventual prisão do capitão reformado.
Hoje o nome visto como o mais forte para fazer a dobradinha com a ex-primeira-dama é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A chapa Tarcísio-Michelle seria vista como a melhor opção, se o ex-presidente for condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado.
Como informou a coluna, Bolsonaro avalia que, com uma eventual eleição de Tarcísio como presidente e Michelle como vice, ele se beneficiaria de um indulto para tirá-lo de trás das grades.
Bolsonaro chegou a compartilhar com auxiliares próximos a avaliação de que seu peso como cabo eleitoral até aumentaria, se fosse preso, mas esse, evidentemente, não é seu desejo.
Caso esteja em liberdade na eleição de 2026, Bolsonaro planeja lançar seu nome tendo um de seus filhos como vice. A preferência é pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. A estratégia seria similar à adotada por Lula, quando foi preso na Lava-Jato.