A presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann justificou o apoio do partido à reeleição de Arthur Lira (PP) para a Presidência da Câmara dos Deputados. Segundo ela, a decisão partiu da bancada da legenda.
“Participei mais de longe dessa construção, porque estou acompanhando a transição. A bancada discutiu e a decisão se dá dentro de quadro de correlação de forças”.
Ainda para Gleisi, o PT não tinha um nome forte para emplacar e ser competitivo para à Câmara.
“A bancada levou em consideração isso: que não é momento de ficarmos isolados”, concluiu.
Na última vez, o PT e boa parte dos partidos de oposição a Bolsonaro apoiaram Baleia Rossi (MDB) que saiu derrotado para Lira, apoiado à época pelo presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaristas e petistas unidos por Lira
As bases do futuro governo Lula e do atual governo Bolsonaro se unirão no apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara dos Deputados. O PT de Luiz Inácio Lula da Silva e o PSB, de seu vice Geraldo Alckmin, chancelaram na terça (29) o voto, enquanto o PL do presidente Jair Bolsonaro deverá tratar do assunto em um jantar nesta noite, em Brasília.
O apoio petista a Lira indica uma mudança de rumo da bancada do partido em relação ao presidente da Câmara, grande aliado de Bolsonaro, e tem influência direta de Lula. Segundo o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), futuro líder do partido na casa, em entrevista coletiva nesta tarde após a reunião da aliança, a decisão foi “consenso” na bancada.
De olho no comando de comissões importantes da Casa, incluindo a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), na aprovação da PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição) e um início de mandato mais tranquilo, o partido não só abdicará de lançar nome próprio à Presidência da Câmara como vai aderir ao até então desafeto.