Após a vitória de Javier Milei nas eleições primárias da Argentina, políticos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às redes para celebrar. Nomes como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Ricardo Salles (PL-SP) teceram elogios ao candidato à Presidência, que representa a extrema-direita no país e ficou conhecido como “Bolsonaro argentino”. Entre as suas propostas mais conhecidas, Milei se coloca favorável ao fechamento do Banco Central e à adoção do dólar como moeda oficial. Para ser eleito, no entanto, precisa vencer a votação que ocorre em 22 de outubro.
Eduardo Bolsonaro caracterizou o momento como um sonho que virou realidade e um “excelente começo” para “mudança real” na Argentina. “Com vizinhos livres do socialismo o Brasil tem um ambiente mais favorável retomar o caminho da liberdade”, disse o deputado em alusão ao presidente Lula (PT).
Já o ex-ministro do Meio Ambiente, o também parlamentar Ricardo Salles, afirmou que o primeiro lugar de Milei nas prévias seria uma “luz no fim do túnel” para o país vizinho.
Sem fazer votos diretos, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou a ocasião para falar sobre a derrota da esquerda. No país, a chapa peronista teve o pior desempenho da história e ficou em terceiro lugar. De acordo com o ex-juiz da Lava-Jato, a derrocada indica que o populismo “está com os dias contados na Argentina”.
Na semana passada, Jair Bolsonaro já havia declarado apoio a Javier Milei. Em vídeo que viralizou nas redes sociais, o ex-presidente afirmou ter “muito em comum” com o argentino:
“Defendemos a família, a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade de expressão, o legítimo direito de defesa”, disse.
A gravação foi repostada pelo candidato que agradeceu a mensagem: “Lutemos por uma América Latina livre. Viva a liberdade”.