As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira (12), à medida que o salto de 8% da Nvidia em Nova York na véspera inspirou fortes ganhos de ações de tecnologia e turbinou Tóquio, Seul e Taiwan. Os mercados da China continental, no entanto, terminaram o pregão no vermelho, em meio a persistentes incertezas quanto à segunda maior economia do planeta.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, apresentou um tom otimista sobre a indústria de semicondutores em conferência na Califórnia. O executivo afirmou que a demanda por chips de inteligência artificial está tão em alta que os consumidores ficam frustrados quando não são os primeiros a obtê-los.
Os comentários impulsionaram os papéis da empresa em Wall Street, em um movimento que se espraiou para o restante do setor e teve repercussões globalmente. Em Taiwan, a rival Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) subiu 4,79% e contribuiu para o avanço de 2,96% do índice Taiex, que encerrou a sessão aos 21.653,25 pontos.
O impulso também levou os principais índices de Seul e Tóquio a encerrarem uma sequência de sete dias consecutivos de perdas. O japonês Nikkei subiu 3,41%, a 36.833,27 pontos, com grandes exportadoras ajudadas pelo enfraquecimento do iene. Já o sul-coreano Kospi avançou 2,34%, a 2.572,09 pontos, na máxima intraday, sob apoio da fabricante de chips de memória SK Hynix (+7,38%) e Samsung Electronics (+2,16%).
Na China, contudo, o Xangai Composto recuou 0,17%, a 2.717,12 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,48%, a 1.492,33 pontos. O índice de blue chips CSI 300 cedeu 0,43%, a 3.172,47 pontos, e fechou no menor nível desde janeiro de 2019.
Na contramão, o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 0,77%, a 17.240,39 pontos. Os papéis de biotecnologia continuaram se recuperando após terem despencado na terça-feira, após a aprovação de legislação na Câmara dos EUA que prevê o veto a algumas empresas do setor.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, computou incremento de 1,10%, a 8.075,70 pontos.