Joe Biden anunciou nesta última quinta-feira (9) decretos e novas regulamentações que têm como objetivo garantir a vacinação de dois terços da força de trabalho dos EUA contra a Covid, registra o Estadão.
Conforme as novas regras, funcionários públicos federais, trabalhadores da área médica, empresas subcontratadas pelo governo e empresas privadas com mais de 100 funcionários terão de imunizar seus funcionários ou testá-los regularmente. Quem se recusar, principalmente no setor público, pode sofrer punições.
Trata-se das medidas mais duras para tentar conter a disseminação da variante Delta nos EUA desde que o democrata assumiu a Casa Branca, em janeiro. Os EUA têm 53% da população imunizada contra a doença, e parte dos americanos resiste a se vacinar.
Para pôr o plano em vigor, Biden combinou a edição de decretos presidenciais —que não precisam passar pelo Congresso— com a mudança de regulamentação no setor do Departamento do Trabalho que cuida de medicina ocupacional.
O principal temor do governo americano é que o vírus continue sofrendo mutações entre a população que recusa a imunização, abrindo caminho para variantes mais resistentes.
“Quando 70 ou 80 milhões de pessoas se recusam a se vacinar, a infecção vai continuar se espalhando. É muito frustrante, porque temos tudo ao nosso alcance para de fato contê-la”, disse o infectologista Anthony Fauci, principal assessor do presidente no combate à pandemia.