No que depender de integrantes base do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o posicionamento dos vereadores Ana Rita Tavares (PMB), Cezar Leite (PSDB) e Odiosvaldo Vigas (PDT), na sessão da última segunda-feira (18), pode vir a ser retaliado.
Enquanto o tucano nem sequer compareceu ao Legislativo para a votação do Projeto de Lei Complementar 01/2018, os outros dois parlamentares votaram contra o artigo 13 do texto, que retira a progressão salarial automática para os profissionais da saúde.
Uma fonte ligada à base governista declarou que há uma “forte pressão” para que os três sejam repreendidos, o que pode acontecer com a retirada de cargos, com a não liberação de emendas e outras ações. Mas a alternativa que deve ser sugerida é a de uma “compensação” para aqueles que se mostraram fieis ao Executivo e votaram pela integralidade do projeto.
O artigo em questão foi alvo de diversos protestos por parte dos servidores, a exemplo do ato no dia da votação, que contou com ovos atirados no prédio, uso de spray de pimenta pela polícia e ameaça de processo por dano ao patrimônio público. Ainda assim, o PLC foi aprovado e deve ser sancionado por ACM Neto até o fim desta semana.
Com essa mudança, os profissionais do setor agora precisam passar por avaliação, a cada dois anos, para receber o reajuste. Se de um lado, o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) classificou o projeto como uma retirada de direitos, a gestão municipal defende que é uma questão de isonomia, ou seja, para igualar as condições dos trabalhadores.
Por Ailma Teixeira