O Banco Central Europeu cortou novamente as taxas de juros nesta quinta-feira (12) em meio à desaceleração da inflação e a um crescimento vacilante, mas não forneceu quase nenhuma pista sobre seu próximo passo, com investidores apostando em uma política de flexibilização constante nos próximos meses.
O BCE reduziu sua taxa de depósito em 25 pontos-base, para 3,50%, em um movimento amplamente anunciado e após corte semelhante em junho, em um cenário de inflação a uma distância impressionante de sua meta de 2% e a economia doméstica à beira de uma recessão.
Com o corte amplamente esperado, a atenção dos investidores já se voltou para o que virá a seguir, mas o BCE não esclareceu nada, mantendo sua orientação de que as decisões serão tomadas reunião por reunião, sem compromisso prévio com qualquer caminho específico para a taxa.
Novas projeções
O BCE reduziu sua projeção de crescimento econômico para 2024, mas ainda vê a inflação amplamente alinhada com sua meta de 2% até o final de 2025.
O crescimento fraco é um dos principais motivos pelos quais a inflação está diminuindo, e o Produto Interno Bruto (PIB) dos 20 países que compartilham o euro deve expandir 0,8% este ano, abaixo da projeção de 0,9% feita há três meses.
A inflação é estimada em 2,2% no próximo ano, acima da meta de 2% do BCE, mas a trajetória das previsões sugere uma queda para a meta no segundo semestre do ano.