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sexta-feira 23 de julho de 2021 às 15:04h

Bahia Mineração realiza as primeiras exportações de minério de ferro

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O início das operações de comércio exterior da Bahia Mineração (BAMIN) coloca a mineradora como player global na produção e comercialização de minério de ferro. A BAMIN começou a operar a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, na Bahia, em janeiro, e as primeiras exportações já estão sendo realizadas.

Até o final de 2021 estão previstos pelo menos 11 carregamentos para o mercado consumidor da Europa e da Ásia, num total de aproximadamente 490 mil toneladas.

A próxima exportação está agendada para o final de julho e há outro embarque previsto para agosto. Ambas as expedições terão logística de escoamento pelo Terminal Enseada, em Maragogipe, na Bahia. A exportação de julho será para a Alemanha e tem como destino o porto de Rotterdam, na Holanda.

A partir da Mina Pedra de Ferro, em Caetité, o escoamento do minério é realizado por via rodoviária até o Terminal Licínio de Almeida, de onde será transportado por trens da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O trajeto ferroviário segue até o Terminal Petim, no município de Castro Alves. Neste local ocorre o transbordo da carga, passando do modal ferroviário para o rodoviário, onde seguirá via caminhões até o Terminal Enseada.

O transporte está a cargo da VLI, que opera a FCA, no modal ferroviário e rodoviário. A operação do terminal de transbordo iniciou-se dentro da faixa de domínio da FCA, mas para a continuidade da operação, um terminal de transbordo está em construção em Castro Alves, próximo à estação ferroviária de Petim. O trecho rodoviário até o porto de escoamento é de aproximadamente 100 km.

Minério premium

O minério de ferro que a BAMIN está exportando é o DSO 65. O teor do minério o classifica e o qualifica na categoria prêmio, com baixo índice de contaminantes.

Pela qualidade que possui, o minério extraído e beneficiado permite a redução de emissões de CO2 no processo de siderurgia, o que eleva a performance e a sustentabilidade da indústria. Por ter elevado grau de pureza, o processo de beneficiamento do DSO 65 não demanda o uso de água e requer baixo consumo energético.

Empresa está no Brasil há 16 anos

Há 16 anos a BAMIN está presente no Brasil, investindo continuamente em seus negócios, que incluem a Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, o Porto Sul, em Ilhéus, e agora com a Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL. A empresa faz parte do Eurasian Resources Group (ERG), líder em mineração, metais e logística. O ERG é também o maior operador de transportes da Ásia Central, com ampla experiência em ferrovias.

FIOL concentrará o escoamento do minério da BAMIN

O sistema de transportes que está sendo utilizado pela BAMIN será substituído nos próximos anos por um processo de logística de maior capacidade e eficiência.

Para exportar o minério de ferro a empresa usará a FIOL, que está em construção entre Caetité e Ilhéus. Com 537 km, este é o Trecho 1 da ferrovia e foi arrematado pela BAMIN em leilão realizado pelo Governo Federal em abril, na B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo. O investimento comprometido é de R$ 3,3 bilhões.

“Este é o primeiro passo para uma logística integrada de maior capacidade e eficiência. Com a concessão do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL e a construção do Porto Sul, em Ilhéus, vamos atingir a nossa capacidade máxima de produção e exportação, de 18 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, em 2026. A FIOL e o Porto Sul são fundamentais para consolidar um novo corredor logístico e de exportação para a mineração e o agronegócio da Bahia e do Brasil”, afirmou Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN.

A subconcessão é pelo período de 35 anos, cinco deles para a construção e 30 anos para a operação. Uma estimativa do Ministério da Infraestrutura é de que durante as obras, serão gerados 55 mil empregos diretos e indiretos e com geração de renda.

Porto Sul está em construção em Ilhéus

Como parte da logística integrada, em parceria com o governo do estado da Bahia, a BAMIN está construindo o Porto Sul, em Ilhéus. A expectativa é de que em cinco anos o terminal portuário, com capacidade para até 42 milhões de toneladas anuais, já esteja em operação.

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