Pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Nevada, nos EUA, afirma que grupos de bactérias que existem no intestino podem influenciar no desenvolvimento do Mal de Alzheimer.
O estudo, divulgado na revista Nature, diz ser o primeiro a associar cerca de 20 famílias de bactérias à doença, que provoca problemas sérios na memória sobretudo em pessoas idosas. Anteriormente, os cientistas sabiam que havia uma ligação entre Alzheimer e a flora intestinal, afirmando que pessoas com a doença geralmente têm grupos menos diversificados de bactérias, mas nunca haviam determinado quais eram esses grupos que afetam o organismo a ponto de desenvolver a condição médica.
Para chegar a essas 20 famílias, os pesquisadores dos EUA pesquisaram 119 tipos de bactérias e suas correlações genéticas com o desenvolvimento do mal de Alzheimer.
“Um número cada vez maior de evidências apontam que desequilíbrios intestinais estão associados com doenças neurodegenerativas”, afirmam os cientistas no estudo. “Isso ocorre por meio de um processo neuroinflamatório através das conexões entre o intestino, estômago e cérebro.”
Os pesquisadores afirmam que a microbiota intestinal afeta a saúde do cérebro “através da secreção de toxinas e ácidos graxos de cadeia curta, que modulam a permeabilidade intestinal e inúmeras funções imunológicas”.
Dentre os grupos de bactérias, os gêneros Eubacterium fissicatena, Collinsella, e Veillonella foram associados como especialmente perigosos para o desenvolvimento de problemas neurológicos.