Bruno Araújo deixou o plenário da Câmara no dia 17 de março de 2016 logo após entrar para a história por proferir o voto que sepultou o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República.
Graças a essa sorte, o jovem deputado do PSDB de Pernambuco virou ministro, ganhou força no ninho tucano e se convenceu de que já tinha tamanho para cruzar o salão azul e conquistar uma vaga no Senado.
Dificilmente, um político que consegue tamanha projeção esvazia com tanta velocidade quanto o protagonista da votação do impeachment.
A menos de um mês da eleição, Araújo ocupa o modesto quinto lugar nas pesquisas, com tímidos 8% intenções de voto, no estado em que Michel Temer tem a maior rejeição do país.
E isso nem é o mais constrangedor: dia sim, outro também, Araújo precisa ir a público para desmentir que esteja desistindo da disputa por falta de votos.
Por Gabriel Mascarenhas