O presidente da Colômbia, Iván Duque, confirmou que o helicóptero em que viajava na sexta-feira (25) rumo à cidade de Cúcuta foi atingido por tiros quando estava prestes a pousar e que ele e os outros membros de sua comitiva que estavam a bordo escaparam ilesos.
“Tanto o dispositivo aéreo como a capacidade da aeronave impediram que algo letal acontecesse. A verdade é que foi um ataque covarde”, disse Duque.
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O presidente colombiano afirmou que a aeronave também transportava os ministros da Defesa, Diego Molano, e do Interior, Daniel Palacios, assim como o governador do departamento de Norte de Santander, Silvano Serrano.
“Depois de cumprir um compromisso em Sardinata, no (rio) Catatumbo colombiano, e de se aproximar para pousar na cidade de Cúcuta, o helicóptero presidencial foi vítima de um ataque”, afirmou Duque.
O político esteve hoje em Sardinata para apresentar avanços no programa “Paz com legalidade” relacionados à implementação do acordo assinado em novembro de 2016 entre o governo do país e a guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
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Na conturbada região cortada pelo Catatumbo estão presentes guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), do Exército de Libertação Popular (EPL), dissidentes das Farc e traficantes de drogas, e são constantes os conflitos por controle territorial.
“Mais uma vez reiteramos que, como governo, não vamos desistir de um único minuto, um único dia, na luta contra o tráfico de drogas, o terrorismo e os grupos do crime organizado que operam no país. Aqui não nos sentimos intimidados pela violência ou atos de terrorismo, nosso Estado é forte”, disse Duque.
O governante ordenou que “toda a equipe de segurança fosse atrás daqueles que atiraram na aeronave e colocaram em risco a vida de outras pessoas”.
O ataque foi imediatamente repudiado por políticos de diferentes alas políticas, como o prefeito de Medellín, Daniel Quintero, que disse no Twitter que as pessoas que “conspiraram para este ataque queriam tirar as vidas (dos ocupantes do helicóptero) e a democracia de todos os colombianos”.
O senador de esquerda Iván Cepeda, um dos principais opositores da Duque, manifestou na mesma rede social “absoluta rejeição a este ataque”.