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sábado 19 de fevereiro de 2022 às 09:03h

As 3 principais rotas que a Rússia pode usar se decidir invadir a Ucrânia

MUNDO, NOTÍCIAS


A Rússia insiste que não tem planos de invadir a Ucrânia, mas os Estados Unidos dizem que um ataque pode acontecer “nos próximos dias”.

Segundo disse o presidente americano, Joe Biden, em pronunciamento na TV nesta última sexta-feira (18), dados de inteligência sugerem que a capital ucraniana Kiev seria o alvo.

Com 150 mil a 190 mil soldados perto da fronteira ucraniana, a Rússia tem várias opções se decidir atacar.

Confira quais são elas:

Rota 1 — Belarus

Se a Rússia busca uma mudança total de regime na Ucrânia, um ataque do norte é muito possível, diz à BBC Michael Kofman, diretor do CNA, uma organização de pesquisa americana.

A Rússia enviou 30 mil soldados para Belarus para exercícios militares conjuntos equipados com mísseis de curto alcance Iskander e vários lançadores de foguetes, bem como aeronaves de ataque ao solo Su-25 e caças Su-35.

Belarus, uma ex-república soviética, é um dos mais antigos aliados de Moscou.

A leste, em solo russo, “todo o 41º Exército da Rússia está esperando na fronteira”, acrescenta Kofman.

Um avanço sobre Kiev de Belarus pode contornar a zona de exclusão em torno da usina nuclear de Chernobyl.

Do lado russo, um ataque pode vir de Novye Yurkovichi e Troebortno, segundo Seth Jones, diretor do Programa de Segurança Internacional do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank sediado nos Estados Unidos.

Exercícios militares perto de Rostov-on-Don

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Exercícios militares vêm ocorrendo perto de Rostov-on-Don

Rota 2 — Crimeia

Uma operação a partir da Crimeia está “quase garantida” se a Rússia realizar uma invasão, assinala Ben Barry, analista do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IIEE).

Uma guerra terrestre envolveria “poderosas colunas blindadas com apoio concentrado de artilharia para tentar avançar rapidamente em direção ao interior da Ucrânia”, explica o especialista.

Um avanço russo em direção a Kiev a partir da Crimeia pode isolar um grande número de tropas ucranianas a leste do rio Dnieper, acrescenta ele.

Com forças russas a oeste, leste e norte, bem como na Crimeia, o Exército ucraniano estaria cercado.

As tropas russas poderiam tentar tomar Kherson e Odessa a oeste e Melitopol e Mariupol a leste, criando uma ponte de terra entre a Crimeia e as áreas controladas pelos separatistas russos.

Um avanço também poderia envolver forças navais atualmente no Mar Negro.

Navios de desembarque russos na área são capazes de descarregar tropas, veículos blindados e os principais tanques de batalha.

Exercícios conjuntos com Belarus

CRÉDITO,EMPICS

Legenda da foto,Rússia vem contando com apoio de Belarus, antigo aliado

Rota 3 — Ataque a partir do leste

Rebeldes apoiados pela Rússia tomaram grandes áreas em duas regiões-chave, Luhansk e Donetsk, em 2014.

Acredita-se que cerca de 15 mil separatistas em Luhansk e Donetsk poderiam se juntar à ofensiva russa.

A Ucrânia diz, no entanto, que esse número é maior.

A Rússia tem cerca de 10 mil soldados permanentemente estacionados na fronteira na região de Rostov, efetivo que cresceu recentemente.

Se a Rússia atacar a partir do leste, é possível que as tropas avancem para a Crimeia, criando uma ponte de terra ao longo da costa sudeste da Ucrânia.

Elas também poderiam chegar a Kharkiv de Belgorod e depois a Kremenchuk.

Um ataque poderia ser lançado do leste apenas para proteger os falantes de russo em áreas controladas pelos rebeldes.

Barry, do IIEE, ressalta que mesmo uma operação limitada pode envolver bombardeios de defesas aéreas e infraestruturas-chave de comando militar em outras partes do país.

Analistas destacam que qualquer avanço russo pode envolver várias rotas simultaneamente, combinadas com ataques cibernéticos, guerra de desinformação e lançamentos de mísseis.

Eles também acreditam que a opção mais limitada para a Rússia poderia ser lançar grandes ataques cibernéticos na Ucrânia com o objetivo de paralisar a infraestrutura principal sem conquistas territoriais.

No final, diz Kofman, os detalhes exatos de qualquer ataque dependerão dos objetivos políticos de Moscou.

E, por enquanto, não se sabem quais são eles.

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