O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vetou a indicação de Rodrigo Maia (sem partido-RJ) para ser um dos vice-líderes da oposição.
Conforme a Folhapress, Lira usou como justificava uma decisão do próprio Maia de 2018. Segundo esse entendimento, para fazer parte da vice-liderança da oposição há necessidade de ser de um partido que expressa posição contrária ao governo.
Maia está sem partido desde que brigou com ACM Neto em junho e foi expulso do DEM.
Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição, enviou ofício a Lira informando que Maia assumiria o posto de Gervásio Maia (PSB-PB) como vice-líder do grupo.
O nome de Rodrigo Maia chegou a aparecer no site da Câmara na lista de vice-líderes, mas já foi retirado.
Lira respondeu que a indicação não poderia ser efetivada, dado que decisão de Maia de março de 2018, como presidente da Câmara, reconheceu a existência autônoma da função de líder da oposição.
Dessa forma, ela está sujeita às mesmas disposições que a liderança da minoria, e uma delas, aponta Lira, é a de que os vice-líderes sejam escolhidos entre partidos de oposição ao governo federal. Como Maia não tem partido, ele não poderia ocupar a posição.
Como vice-líder da oposição, Maia conseguiria superar algumas limitações que enfrenta hoje por estar sem partido. Ele não tem, por exemplo, garantia de tempo de fala em plenário durante votações.