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domingo 18 de dezembro de 2022 às 11:59h

Arthur Lira encontra Lula a dois dias da votação da PEC da Transição na Câmara

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A dois dias da votação da “PEC da Transição” na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), se encontra com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no hotel onde o petista está hospedado em Brasília. De acordo com o jornal O Globo, a votação do texto estava prevista para acontecer na quarta-feira, mas foi adiada para esta terça-feira. Esta é a segunda vez que o petista e o parlamentar se encontram em menos de uma semana.

A votação da PEC é considerada prioridade para Lula, para poder iniciar o governo cumprindo promessas de campanha. Mas ela foi adiada nesta semana, levando sua definição para a última semana de atividades do Congresso neste ano.

Na Câmara, petistas admitem reservadamente que Lira só pretende entregar votos à PEC da Transição se houver a garantia de espaço robusto no governo a aliados. O impasse afeta diretamente a formação do ministério, já que Lula quer garantia de que terá os recursos liberados com o texto antes de atender aos pleitos dos parlamentares.

Além disso, a indefinição do julgamento sobre a legalidade do orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF) também piorou o cenário, ajudando no adiamento da análise da PEC pelos deputados. Este julgamento pode ser concluído na segunda-feira.

Enquanto espera o resultado do STF, Lira tem se movimentado para garantir espaços a aliados na próxima gestão. Lula, por sua vez, preferiu empurrar a distribuição de ministérios entre os partidos aliados para depois da aprovação da PEC.

Como o jornal mostrou, Lira defende, por exemplo, a indicação do deputado Elmar Nascimento (União-BA) no governo, como como um representante da cota do União Brasil. Nascimento enfrenta resistência por ter sido um crítico de Lula, mas agora é o relator da “PEC da Transição”na casa.

O Centrão não gostaria de perder influência no controle de estatais, como a Codevasf, que estará no guarda-chuva do Ministério de Integração Nacional, disputado também pelo MDB. Parlamentares do próprio União acham difícil que o PT entregue a Lira um ministério estratégico e dono de grande parte da verba do orçamento secreto.

Com isso, deputados ligados a Lira afirmam que o presidente da Câmara gostaria de ver também um aliado no Ministério da Saúde, pasta para a qual o nome de Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, está praticamente sacramentado. Petistas viram na jogada de Lira a estratégia de jogar alto, em um ministério disputado pelo PT, para sair da negociação com outra pasta importante, que tenha capilaridade e orçamento robusto.

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