A arrecadação federal de impostos alcançou R$ 2,652 trilhões em 2024 e registrou alta real de 9,62% na comparação com 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pela Receita Federal, no maior resultado da história. Em dezembro, a arrecadação cresceu 7,78%, somando R$ 261,265 bilhões.
Nos números atualizados pela inflação, o resultado de dezembro também foi o maior para o mês em toda a série histórica, com início em 1995.
Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 12,99% em dezembro.
Considerando somente as receitas administradas pela Receita Federal, houve alta real de 7,64% em dezembro, somando R$ 254 bilhões. No ano, as administradas somaram R$ 2,524 trilhão, alta real de 9,69%.
Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 7,2 bilhões em dezembro, alta real de 13%. No ano, a arrecadação de outros órgãos alcançou R$ 128,4 bilhões, alta real de 8,27%.
Atípicos
A Receita informou que fatores atípicos influenciaram positivamente a arrecadação em R$ 22,6 bilhões em 2024.
Segundo a Receita, a tributação de fundos exclusivos e fundos offshore geraram R$ 20,6 bilhões adicionais, além de uma arrecadação atípica de R$ 4 bilhões de IRPJ e CSLL. De forma negativa, a receita perdeu ainda R$ 2 bilhões no ano passado com a desoneração de combustíveis.
Desonerações
O governo federal deixou de arrecadar R$ 124,996 bilhões no ano passado por causa de desonerações tributárias. O dado representa queda de R$ 14,352 bilhões em relação a 2023.
As fontes de renúncia do governo federal no acumulado de 2024 foram: PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 2 bilhões); Imposto sobre Produtos Industrializados (R$ 2,032 bilhões); cesta básica (R$ 662 milhões); transporte coletivo (R$ 662 milhões); entidades beneficentes (R$ 1,384 bilhão); lucro presumido (R$ 1,784 bilhão); outros, no qual entra o Simples Nacional (R$ 116,473 bilhões).