Três dias antes de o centrão chancelar o apoio a seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB) fez o cálculo político mais importante de sua pré-campanha: como de costume, resolveu esperar.
Desistiu de um encontro que estava marcado para a segunda-feira (16) com Álvaro Dias (Podemos), que também concorre à sucessão de Michel Temer.
Na conversa reservada, ofereceria ao ex-colega de partido a vaga de vice na sua chapa à Presidência.
Avaliou, porém, que o movimento -inicialmente programado para evitar um possível isolamento partidário- poderia romper de vez suas pontes com o chamado centrão.
Naquele momento, o grupo formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade ainda estava dividido entre avalizar Alckmin ou apoiar Ciro Gomes (PDT), em uma jogada que levaria o bloco a um campo pouco vivenciado por ele: a esquerda.