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segunda-feira 17 de abril de 2023 às 21:13h

Após homenagem, empresários manifestam apoio a Jorge Paulo Lemann; veja o post

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O empresário Jorge Paulo Lemann tem recebido inúmeras manifestações de apoio nos últimos dias. Ele foi homenageado pelo presidente da Universidade Harvard (EUA), Lawrence Bacow, pelo apoio dado aos estudantes da instituição por meio dos programas Lemann Brazil Research Fund e Lemann Program on Creativity and Entrepreneurship.

Também foi elogiado pelo gestor Florian Bartunek, fundador e CIO da Constellation, pelo ex-senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, e por Carlos Brito, presidente da Belron, a multinacional dona da Carglass.

Agora, sua história ganhou o Twitter por meio do investidor americano Thomas Ince, diretor da LP First Capital, que chamou o empresário Jorge Paulo Lemann de “um dos bilionários mais interessantes do mundo”.

“Acho fascinante que um cara do Brasil tenha o sonho de possuir empresas americanas icônicas como Anheuser Busch, Kraft Heinz e Burger King. Então, ao longo de décadas, sai e faz isso”, escreveu Ince na publicação, que atingiu 54 mil visualizações.

O americano afirma que Lemann foi o pioneiro em um novo tipo de capital, focado no longo prazo e não em um retorno em cinco anos.

Ince começa contando a trajetória de Lemann ao fundar o banco Garantia e como o foco na meritocracia e na ética fizeram com que o banco de investimentos se tornasse o Goldman Sachs do Brasil.

O fio do post continua contando sobre a união com Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles e a fundação da 3G Capital. “Os conceitos de ‘Meritocracia’ que ele empregou no Garantia/3G precisam ser estudados”, diz o investidor americano.

Ince chama a atenção para o modelo de recrutamento de talentos desenvolvido pelo brasileiro. “Ele queria o PID. Pobre, inteligente e com desejo de ser rico. Ele os colocou na cultura de meritocracia que estabeleceu e eles prosperaram”.

A história segue com a compra do controle da cervejaria Brahma em 1989 e como a eficiência na gestão fez com que a empresa se tornasse um primeiro passo para adquirir a Anheuser-Busch. “Acho isso uma loucura e adoro”.

Ince vai contando os passos feitos para chegar onde queria. A fusão com a Antártica em 1999, quando formou a Ambev, os planos de crescimento até 2004, quando se fundiu com a belga Interbrew para formar a InBev, a maior cervejaria do mundo em volume. “A fusão reuniu marcas icônicas como Stella Artois, Beck’s e Skol, e solidificou ainda mais a posição da empresa no mercado global”. Culminando com a compra Anheuser-Busch por US$ 52 bilhões, criando a Anheuser-Busch InBev (AB InBev).

“Se fosse um private equity tradicional, eles teriam vendido a Brahma em 1994 para obter um bom retorno. É muito raro ver investidores terem a visão de passar dos 30 anos em alguma coisa”, escreve Ince.

O investidor também destaca que “outras coisas para estudar sobre ele era sua capacidade de aprender com os outros. Ele estudou Jack Welsch extensivamente. Ele estendeu a mão para Sam Walton e foi para Arakansas. Era um bom amigo do autor Jim Collins.”

“Imagine o Brasil dos anos 70… se ele pode sonhar grande… todos nós podemos”, finaliza.

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