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quinta-feira 4 de julho de 2019 às 06:51h

Após embate com Geraldo Jr., prefeitura deve reagir e expor ‘forças ocultas’

POLÍTICA


Se o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Geraldo Jr (SD), anda reclamando da atuação misteriosa de forças ocultas no Legislativo Municipal, ele pode ganhar mais um motivo para se preocupar.

Pessoas envolvidas no processo sugerem que a prefeitura de Salvador deve revidar as provocações desta última quarta-feira (3), apontando certo arregaçar de mangas para o convite feito para uma queda de braço com o chefe da CMS.

Nos bastidores, o que se diz é que o Thomé de Souza entendeu o recado com a proposta do presidente da Câmara de colocar, de surpresa nesta tarde, o encaminhamento para votação do projeto do Executivo que prevê isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para empresas que administram os ônibus da capital.

O prefeito ACM Neto (DEM) e o vice Bruno Reis (DEM) tiveram que entrar em campo para garantir a queda da sessão, o que deu mais tempo até que a proposta passe pelas comissões e ganhe o número de votos necessários para a aprovação.

Durante a articulação, o Executivo teve que ouvir discurso de Geraldo, que se incomodou com a pressão sofrida pelo secretário municipal de Mobilidade Fábio Mota para a votação do projeto do ISS. “Declarações como a do secretário jogam a sociedade civil contra a Câmara”, falou o presidente durante sessão.

A leitura que se faz nos bastidores é que Geraldo Jr. acirra a relação da Câmara de Vereadores com o Thomé de Souza com seu discurso de independência do Legislativo, mirando uma candidatura à prefeitura de Salvador em 2020. Ele é um dos possíveis candidatos que disputa a vaga de candidato de sucessão do grupo ACM Neto com o vice-prefeito Bruno Reis.

A votação do ISS não é o primeiro exemplo de embate entre os poderes. Em fevereiro, a Câmara convocou o primeiro secretário municipal para depoimento na Casa. Alberto Pimentel foi chamado para esclarecer a atuação “informal” do policial militar Jorge Guimarães na Secretaria Municipal de Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel).

Na terça, durante os festejos de 2 de julho, Geraldo Jr. pediu a demissão de Alberto Pimentel e ouviu de ACM Neto, pela imprensa, que ele não era o prefeito da cidade.

“As forças deixarão de ser ocultas”, falou um interlocutor do Thomé de Souza ao Bahia Notícias sobre Geraldo Jr. após a sessão desta última quarta.

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