Quem possui a amizade ou faz parte do círculo de relações próximas do senador Jaques Wagner (PT) vinha acumulando de acordo com o site Política Livre, de três impressões muito claras em relação à posição do líder petista sobre a sucessão municipal de Salvador.
A primeira dela, segundo o site, era a de que Wagner não gostaria de ver de modo algum prosperar a candidatura de José Trindade (PSB), por causa dos vínculos de proximidade entre o presidente da Conder e o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A segunda intenção de Wagner era ainda de acordo com o site, impedir que o PT encabeçasse a candidatura à Prefeitura de Salvador, exatamente para que o partido não se expusesse numa disputa em que a condição de favorito do prefeito Bruno Reis (União Brasil) é muito difícil de superar. Conforme pesquisas ‘fechadas’, ou seja, aquelas que não são divulgadas ao público, Bruno lidera todas suposições e nomes colados.
A terceira e mais surpreendente intenção do senador Jaques Wagner, seria, de acordo com o Política Livre, fazer com que brotasse no lugar dos dois nomes de confiança do grupo governista a candidatura do vice-governador Geraldo Jr., do MDB. E como algo natural.
O primeiro objetivo de Wagner parece ter sido atingido. Desde hoje à tarde, Trindade não é mais candidato a prefeito no time do governo.
E, para isso, colaborou imensamente a estratégia do senador de, mesmo não querendo que o PT lidere a chapa ao Thomé de Souza, ter incentivado o lançamento do deputado estadual petista Robinson Almeida como candidato do partido.
Como se sabe também, desde as primeiras conversas da cúpula do grupo governista sobre a disputa da Prefeitura de Salvador a ideia da unidade sempre esteve presente, envolvendo exatamente o nome de Trindade como aquele preferido por Rui.
Faltava apenas definir o partido pelo qual ele deveria concorrer, o que, num dado momento, pareceu ser o próprio PT. Agora que atingiu o objetivo de tirar o candidato de Rui da pista, Wagner precisa concluir a segunda manobra.
Mas ela só poderá ser executada se ele conseguir eliminar a pretensão, agora aparentemente consolidada, de Robinson Almeida de concorrer. Como o senador fará isso, ninguém sabe ao certo, embora não se deva esperar muito até que sua preferência por Geraldo Jr. fique evidente e viabilize o seu nome no grupo.
O que passou a ligar os interesses do senador aos do vice-governador ainda é uma incógnita, registra o Política Livre. Mais, segundo fontes do #Acesse Política revelaram, Geraldinho, como é respeitosamente chamado no métier político, o seu potencial e carisma, teriam sido descoberto pelo líder do PT da Bahia.