De saída do Ministério da Justiça, o ex-secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, afirmou que pensa em escrever um livro para contar detalhes dos acontecimentos do 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. As informações são de Bernardo Lima, do jornal, O GLOBO.
Cappelli revelou nesta terça-feira a intenção de registrar os eventos vividos por ele no dia 8 de janeiro de 2023.
“Revendo o documentário de @juliaduailibi e Rafael Norton sobre o dia 8/01 de 2023, senti a necessidade de contar em detalhes o que ocorreu naquela noite/madrugada e na dramática primeira semana da intervenção federal. Pensando num livro. Registrar uma gestão de crise histórica”, escreveu Cappelli na rede social X (antigo Twitter).
Em entrevista ao GLOBO, Cappelli revelou que ninguém do Ministério da Justiça dormiu na madrugada do dia 8 para 9 de janeiro. Havia uma desconfiança muito grande se os militares cumpririam a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes de desmobilizar o acampamento golpista e prender os manifestantes, o que acabou acontecendo.
— Tem momentos na história que não cabe muito debate, reflexão, porque cada minuto pode conduzir a história para um lado ou para outro — disse ele.
O jornalista deixará o Ministério da Justiça após a saída de Flávio Dino do comando da pasta para assumir o cargo de ministro do STF. Ex-integrante da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski foi escolhido como sucessor de Dino na pasta. Seu secretário-executivo deve ser o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto.