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O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis - Foto: 247 News
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sábado 20 de agosto de 2022 às 17:12h

Após 12 anos, Grécia sai da supervisão fiscal reforçada da União Europeia

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Após 12 anos de vigilância reforçada das suas contas públicas pela União Europeia (UE), a Grécia virou a página neste sábado (20) num “dia histórico” para o país, anunciou o primeiro-ministro grego em um discurso à nação.

“Um ciclo de 12 anos que trouxe dor aos cidadãos, estagnou a economia e dividiu a sociedade está fechado”, disse o chefe de governo conservador Kyriakos Mitsotakis.

Em 2010, o governo grego, estrangulado pela pressão do mercado sobre sua dívida pública, teve que solicitar um plano de resgate financeiro à chamada ‘troika’, formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Desde 2010, o país precisou de três planos de resgate no valor total de 289 bilhões de euros. Em troca, os credores exigiram de Atenas uma série de medidas de austeridade para limpar suas finanças públicas.

Essas medidas envolveram cortes salariais e previdenciários, aumento de impostos, congelamento de contratações no setor público e redução de orçamentos em administrações e hospitais.

Ao longo do caminho, a Grécia perdeu 25% de seu PIB, o desemprego atingiu quase 28% e dezenas de milhares de jovens profissionais emigraram para o exterior.

O terceiro programa terminou em 2018, mas a Comissão Europeia lançou um regime reforçado de vigilância da economia grega para verificar a implementação das reformas adotadas e a continuação das privatizações.

Atenas também se comprometeu a manter um superávit primário (antes dos juros da dívida) de 3,5% do PIB.

“A Grécia hoje é um país diferente”, disse o primeiro-ministro Mitsotakis, com “forte crescimento” e “queda significativa no desemprego”.

O fim da supervisão europeia agora fortalecerá a posição da Grécia nos mercados e melhorará sua atratividade para os investidores. O governo em Atenas também terá maior controle sobre sua política econômica.

“O fim da vigilância intensificada na Grécia também marca a conclusão simbólica do período mais difícil que a zona do euro já experimentou”, disse Paolo Gentiloni, comissário europeu para a Economia, em nota.

“Nossa robusta resposta coletiva à pandemia mostrou que a Europa aprendeu as lições dessa crise. Temos que mostrar a mesma solidariedade e a mesma unidade agora que nossas economias entram em águas turbulentas”, acrescentou o comissário.

A Comissão Europeia espera um crescimento do PIB de 4% este ano para a Grécia (+2,6% em média na zona do euro). Mas o desemprego continua sendo um dos mais altos do continente (12,3% em junho, segundo o Eurostat), e a dívida, que se aproxima de 180% do PIB, ainda atrapalha a economia do país.

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