O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que o Brasil é uma das primeiras economias do mundo a se recuperar do impacto da pandemia de coronavírus, em evento online da Confederação Nacional de Municípios (CNM), ainda que o país tenha uma queda recorde no PIB.
Guedes classificou ainda como imprudente a ideia de um fundo com recursos federais para garantir perdas de Estados e municípios com a reforma tributária, alegando que a União não é um saco sem fundo e que é necessário ter juízo.
“Acabamos de aumentar 10% a nossa relação dívida/PIB, se nós anunciarmos que estamos criando mais fundos para garantir recursos, o Brasil terá dramáticos problemas de sustentabilidade fiscal. A União pode quebrar e vai faltar dinheiro para todo mundo, vamos entrar em rota de implosão fiscal”, afirmou ele no evento.
O ministro citou o setor de construção civil, que, disse, aumentou o número de empregos durante a crise, de 55 mil para 61 mil trabalhadores. “E menos de 10 mortes. Houve preservação de vidas e empregos. Foram criados protocolos.”
Guedes ainda afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tem dito que quer descentralizar decisões de meio ambiente e saneamento para Estados e municípios.
Segundo o ministro, os Estados e municípios terão participação ativa na retomada do crescimento e na “reativação da fronteira de investimentos”, principalmente diante do novo marco do saneamento, do choque do gás e de novas regulamentações do setor elétrico, de logística e da cabotagem.
“Os prefeitos vão decidir em leilões de saneamento, de concessões, se querem empresas públicas ou privadas”, afirmou ele.