domingo 22 de dezembro de 2024
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (esq.), e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fazem coletiva de imprensa conjunta em Israel após ataques do Hamas. 12/10/2023 - - Foto: Jacquelyn Martin/AFP
Home / DESTAQUE / Antony Blinken faz crítica velada sobre os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza
quinta-feira 12 de outubro de 2023 às 09:55h

Antony Blinken faz crítica velada sobre os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza

DESTAQUE, NOTÍCIAS


O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, viajou a Israel nesta quinta-feira (12) para prestar apoio ao seu aliado após ataques sem precedentes do grupo terrorista Hamas no sábado (7). Em declaração ao lado do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, ele afirmou que “Israel tem o direito de se defender”, mas acrescentou: “A forma como fará isso importa”.

Sem mencionar as palavras diretamente, o principal diplomata do governo de Joe Biden fez uma referência aos ataques aéreos israelenses que estão atingindo civis palestinos em Gaza. Pelo menos 1.354 pessoas foram mortas e outras 6.049 ficaram feridas devido a bombardeios contra o território controlado pelo Hamas desde sábado, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Mais cedo nesta quinta-feira, as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que estão “conduzindo um ataque em grande escala” contra alvos do grupo terrorista em Gaza, enquanto o conflito entra no sexto dia.

Os comentários de Blinken ocorrem também depois que o ministro da Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que o cerco à Faixa de Gaza será mantido até que o Hamas liberte os reféns que fez no sábado, que o governo israelense estima serem entre 100 e 150 pessoas.

“Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante de água será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os sequestrados israelenses retornem para casa. Humanitarismo pelo humanitarismo. E ninguém nos pregará moralidade”, disse Katz no X, antigo Twitter.

As Nações Unidas alertaram que a crise humanitária em Gaza está se intensificando rapidamente. Nesta quinta-feira, a agência disse que mais de 330 mil pessoas foram deslocadas de suas casas desde o início dos bombardeios de Israel.

Tel Aviv declarou um “cerco total” a Gaza dias após um ataque mortal de militantes terroristas do Hamas às cidades israelenses que fazem fronteira com o território. Com uma infraestrutura já enfraquecida devido a 16 anos de bloqueio de Israel, autoridades locais demandam ajuda internacional devido a cortes na eletricidade e escassez de alimentos, água e combustível.

Na quarta-feira 11, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse que Washington iniciou tratativas com Israel e Egito para implementar um corredor humanitário para a retirada de civis da região, que é densamente povoada e abriga mais de 2,3 milhões de palestinos.

Ao lado de Blinken, o premiê israelense agradeceu aos Estados Unidos pelo seu “apoio incrível” na “guerra do seu país contra os bárbaros do Hamas”. A visita de Blinken, acrescentou, foi “outro exemplo tangível do apoio inequívoco dos Estados Unidos a Israel”.

Netanyahu disse ainda que o Hamas deve ser “esmagado”, tal como o Estado Islâmico.

“O Hamas é o Estado Islâmico, e assim como o Estado Islâmico foi esmagado, o Hamas também será esmagado”, disse o líder israelense. “O Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma que o Estado Islâmico foi tratado”, acrescentou.

“[Os militantes do Hamas] deveriam ser cuspidos da comunidade das nações. Nenhum líder deveria reunir-se com eles, nenhum país deveria abrigá-los. E aqueles que o fizerem devem ser sancionados”, completou.

Antes de partir de Washington para Israel, Blinken disse que o país respeita o direito internacional e faz esforços para evitar vítimas civis.

“Sabemos que Israel tomará todas as precauções possíveis, tal como nós faríamos, e mais uma vez é isso que nos separa do Hamas e dos grupos terroristas que se envolvem nos tipos de atividades mais hediondas”, disse ele.

A missão do diplomata no Oriente Médio é evitar a eclosão de uma guerra mais ampla. Uma de suas principais prioridades é transmitir uma mensagem de dissuasão, em grande parte dirigida ao Irã e aos grupos apoiados pelo país, como o libanês Hezbollah.

O Hezbollah agiu com cuidado desde que o Hamas e Israel entraram em guerra, mantendo soldados israelenses ocupados com ataques na fronteira libanesa, mas sem abrir uma nova linha de frente do conflito. Na quarta-feira, israelenses atingiram cidades do sul do Líbano em resposta a um novo ataque de foguetes do Hezbollah.

“Vou deixar uma mensagem muito simples e clara… de que os Estados Unidos apoiam Israel“, disse Blinken antes de embarcar no avião com destino a Israel.

Ele trabalhará com aliados regionais dos Estados Unidos para tentar garantir a libertação de reféns, alguns dos quais podem ser cidadãos americanos.

Pelo menos 1.200 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas nos ataques surpresa do Hamas a Israel no fim de semana, segundo autoridades israelenses. Na coletiva de imprensa em Israel, Blinken também confirmou que pelo menos 25 americanos foram mortos no ataque de militantes do Hamas.

Veja também

Deputado defende na Assembleia Legislativa da Bahia folga para servidores que são pais de autistas; entenda

O deputado estadual Júnior Nascimento (União Brasil) encaminhou, através da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!