Ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, fala nesta quinta-feira (2) conforme Vinícius Nunes, do UOL, sobre o envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. O depoimento já chegou a 3h de duração. Ele está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará.
Ele apresenta a sua versão sobre a minuta golpista encontrada em sua casa em 10 de janeiro e sobre suposta cooperação com os manifestantes que vandalizaram as sedes dos Três Poderes. A investigação que colhe o depoimento é conduzida pela PF (Polícia Federal) e PGR (Procuradoria-Geral da República).
Acompanham o depoimento o advogado de Torres, Rodrigo Roca, agentes da Polícia Federal e uma equipe da PGR. Ainda não há detalhes sobre a oitiva.
Torres seria ouvido no último dia 23, mas sua defesa pediu o adiamento do depoimento para ter acesso aos autos da investigação.
Antes, em 19 de janeiro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou.
Anderson Torres já antecipou parte de sua defesa na audiência de custódia no dia 14 de janeiro, quando falou para um juiz. Na ocasião, ele disse que “jamais questionou o resultado das eleições” e disse que não integra nenhuma “guerra ideológica” no Brasil. Além disso, ressaltou que colaborou com a transição de governo Lula em dezembro.
No dia da manifestação golpista em Brasília, Torres estava em viagem fora das férias nos Estados Unidos.