O clima entre o o PCdoB, PV e o PT segue segundo o Bahia Notícias, subindo após a indicação do nome do ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa (PT), para ocupar a vaga de suplente do senador Otto Alencar (PSD), que concorre à reeleição ao Senado Federal nas eleições de outubro. O mal estar criado dentro do grupo fez com que as reuniões da federação, agendadas para a última segunda-feira (11) fossem suspensas por conta do “clima” após a indicação.
Com críticas abertas à condução do PT durante o processo, diversos integrantes do PV e do PCdoB apontaram a insatisfação por conta da “forma” que a indicação foi feita. “A forma, na hora que a campanha começa a ganhar força, outra crise. É o PT através de Wagner”, disse um dos políticos procurados pelo Bahia Notícias.
De acordo com outros interlocutores da legenda, o ato também confronta o próprio senador Otto Alencar (PSD), que já tinha reivindicado participar da discussão para indicar o nome para a suplência em sua candidatura. “O PT indicou a chapa inteira. Não adianta fazer reunião de faz de conta”, indicou outro político do grupo.
Com a bomba do anúncio, o PCdoB espera que PT volte atrás na indicação. Segundo o presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, a escolha do petista foi anunciada na manhã de domingo (10) em Jacobina, durante a plenária do Plano de Governo Participativo (PGP) do Piemonte da Diamantina foi uma surpresa.
Estratégia para suplência
O debate sobre a indicação para a suplência de Otto começou a ganhar força nas últimas três semanas. De acordo com apuração do Bahia Notícias, o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, teria sinalizado ao grupo que não veria problema em um dos partidos que integram a federação, PV e PCdoB, indicassem o nome.
Apesar disso, o PT já vinha elaborando uma estratégia para “reforçar” a chapa. Lideranças do PT apontaram ao Bahia Notícias que há uma preocupação de fortalecer em alguma região que a legenda “tenha mais dificuldade”, incluindo as regiões Oeste, onde está situada Ibotirama, e Extremo-sul, onde os também pré-candidatos ao governo, ACM Neto (União) e João Roma (PL) têm boas bases de voto.
Dessa forma, um nome petista dessas regiões poderia ser escolhido para ser o suplente de Otto, aumentando o apelo da chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues nas localidades. A ideia era justamente a indicação de que um ex-prefeito de uma das regiões fosse o indicado para ocupar o espaço.