De acordo com informações divulgadas na quarta-feira (8) pelo site alemão de notícias T-Online, a russa Elena Kolbasnikova será julgada a partir de 29 de março por ter se manifestado a favor da invasão da Rússia na Ucrânia durante um protesto pró-Kremlin em 5 de maio de 2022 na cidade de Colônia, no oeste da Alemanha.
“A ré manifestou sua aprovação à guerra de agressão russa na Ucrânia durante um evento pró-Rússia em 5 de maio de 2022”, afirmou a juíza Denise Fuchs-Kaninski, porta-voz do Tribunal Distrital de Colônia.
Conforme o portal, a acusada é considerada, junto com seu marido, uma das líderes do movimento pró-Kremlin na Alemanha, que, segundo as investigações, é ligado a figuras da extrema direita alemã e dos serviços secretos russos.
Na região de Colônia, o casal organizou diversos eventos no ano passado, incluindo um no qual exaltou o líder checheno Ramzan Kadyrov, assim como uma grande carreata em apoio à Rússia que reuniu mais de mil veículos com bandeiras russas e soviéticas.
Foi durante esse protesto que Kolbasnikova disse que “a Rússia não é um agressor; a Rússia está atualmente ajudando a pôr fim à guerra na Ucrânia”. As declarações foram consideradas crime pelo Ministério Público de Colônia.
Até três anos de prisão, em caso de condenação
Uma vez que a invasão de outro país é uma violação do direito internacional, a promotoria argumenta que expressar apoio ou aprovação a um crime, de forma que isso pode perturbar a ordem pública, é um ato criminoso de acordo com o artigo 140 do código penal alemão, passível de multa e até três anos de prisão.
Segundo o jornal Kölner Stadt-Anzeiger, Kolbasnikova também enfrenta outra possível acusação por supostamente ter promovido alistamento para o Grupo Wagner – uma empresa paramilitar privada com fortes ligações com o Kremlin.