A acusação é do deputado federal José Carlos Aleluia (Democratas), relator da matéria na Câmara e autor do texto substitutivo que apresenta uma série de benefícios aos estados do Nordeste e Minas Gerais.
Em seu parecer, Aleluia incluiu a criação de uma fundação privada que vai receber aportes mínimos de R$ 15 bilhões em 30 anos para revitalizar o Rio São Francisco, a cessão de 220MW médio para o Projeto de Integração do São Francisco (canais de transposição), além de outras medidas.
“Não posso levar a sério uma carta de autoridades que nunca se interessaram em debater o projeto. Isso nem é política, é politicagem. Se a coisa fosse séria teriam convidado a mim e ao presidente da Comissão que também é nordestino. Estou há meses tratando do tema com todos que me convidam. É a velha tese da oposição do ‘quanto pior, melhor’. A vanguarda do atraso”, criticou o deputado.
Aleluia também ressaltou que a carta assinada por quatro governadores do PT (Bahia, Minas Gerais, Ceará e Piauí); dois do PSB (Pernambuco e Paraíba); e um do PSD (Rio Grande do Norte) demonstra total desconhecimento do texto substitutivo atual. “Os governadores demonstram agir em favor de partido, e não dos estados. Em nenhum momento tratam do que apresentamos para resolver dois problemas capitais da região: a revitalização do principal rio de integração nacional e o custeio da operação dos canais de Transposição, que até hoje não tinham orçamento próprio”, lamentou Aleluia.
O deputado se colocou mais uma vez à disposição dos governadores para tratar do tema e debater sobre as melhorias que o seu texto substitutivo apresenta para a região.