O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), vem mantendo a rotina nas últimas semanas e tem evitado tratar mesmo com interlocutores e assessores próximos sobre a possibilidade de deixar o comando da pasta. Essa possibilidade surgiu nos últimos dias, como forma de abrir espaço para o Centrão na reforma ministerial.
Segundo dois interlocutores de Alckmin revelaram ao jornal Valor, ele continua atuando exatamente da mesma maneira como atuava antes de ter o nome envolvido na reforma.
“Ele não mudou nada da rotina por causa dessa história”, diz uma das fontes. “Segue trabalhando normalmente. Não mudou a rotina e não toca no assunto”, afirma outra.
Um exemplo disso são as viagens que têm feito pelo Brasil desde a implantação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em julho, para se reunir com empresários e federações locais. Nas duas últimas sextas-feiras, por exemplo, esteve em Goiás e no Rio Grande do Sul, respectivamente. Neste domingo, esteve em Taubaté (SP). Amanhã, segunda-feira, participa de outros eventos no Estado de São Paulo, tanto na capital quanto no interior.
Uma pessoa próxima a Alckmin afirma, no entanto, que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm “ótima relação” e que o vice-presidente “é leal” a Lula. Por isso, a fonte acredita que o ministro não vá adotar uma postura de “resistência” até que haja uma conclusão sobre a permanência ou não dele à frente do Mdic. Alckmin e Lula conversam com frequência, inclusive sobre assuntos relacionados ao Mdic, como o CNDI.