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quinta-feira 5 de janeiro de 2023 às 12:39h

Alas do PT já brigam por liderança da bancada em 2024

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Casa nos próximos anos. De um lado, o grupo majoritário da legenda já definiu que o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) será o líder em 2023 e quer Odair Cunha (PT-MG) no comando da bancada em 2024. Do outro, tendências minoritárias do partido aceitam Dirceu na liderança neste ano, mas querem definir um acordo para que Lindbergh Farias (PT-RJ) seja o líder em 2024.

Uma reunião da bancada está marcada para hoje, a fim de tentar chegar a um consenso. Lindbergh disse ao Estadão que “não existe acordo” e que Zeca Dirceu não será líder neste ano se a corrente dominante do PT insistir em ter Odair Cunha em 2024. O deputado do Paraná também confirmou o cenário de indefinição. “Será quinta-feira à tarde (a escolha do novo líder), apenas em razão da indefinição sobre o segundo ano da liderança”, afirmou.

O PT tem dentro de sua estrutura um conjunto de tendências internas, que costumam disputar os espaços de representatividade da legenda, como lideranças no Congresso e a própria presidência do partido. A corrente hegemônica se chama Construindo Um Novo Brasil (CNB) e tem representantes como a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Apoiado pela CNB, Zeca Dirceu, o provável novo líder neste ano, é filho do ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que perdeu os dois cargos após ser atingindo pelo escândalo do mensalão. Odair Cunha, o nome da CNB para liderar a legenda em 2024, é deputado federal desde 2003.

Correntes

Lindbergh já foi líder do PT no Senado e faz parte da tendência petista Resistência Socialista, na qual também estão presentes os ministros de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. A corrente majoritária do partido chegou a acenar com a possibilidade de os grupos minoritários terem espaço na Mesa Diretora da Câmara, mas o grupo alternativo quer insistir no acordo para ter a liderança no segundo ano do mandato de Lula.

Divergências internas dessa espécie são comuns no PT. O próprio Lindbergh esteve envolvido em uma disputa parecida quando concorreu a presidente da legenda contra Gleisi em 2017. A deputada foi escolhida naquele ano para representar o partido nacionalmente e permanece no cargo até hoje. Atualmente, ela e o deputado do Rio são namorados.

Dentro do partido foi avaliada a possibilidade de Lindbergh ser secretário-geral, cargo que vai ficar vago com a escolha do atual ocupante, Paulo Teixeira, para o Ministério de Desenvolvimento Agrário. Apesar disso, o próprio deputado descarta assumir a função para evitar que isso seja associado à sua relação com Gleisi.

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