sábado 27 de abril de 2024
ALBA concede Comenda 2 de Julho para Fernanda Silva Lordêlo
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sexta-feira 8 de março de 2024 às 06:32h

AL-BA concede Comenda 2 de Julho para secretária da prefeitura de Salvador

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Autoridades, parentes, colegas de trabalho, alunos e amigos da secretária municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude da cidade de Salvador, Fernanda Silva Lordêlo, lotaram o plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta última terça-feira (7), para assisti-la ser homenageada com a outorga da Comenda 2 de Julho. A seção especial de entrega da honraria foi presidida pelo deputado proponente, Alan Sanches (UB), líder da minoria na Casa.

A homenageada foi convidada a entrar o recinto conduzida pelos pais, Neide e Manoel Lordêlo, o esposo, Joir, e o filho, Tiago, sendo levada à Mesa composta ainda pela vice-prefeita e secretária municipal de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, pelo vereador de Salvador Duda Sanches, pela defensora pública geral da Bahia, Firmiane Venâncio, pela secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento, pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho, Rodolfo Pamplona Filho, pela presidente da Associação dos Procuradores do Município de Salvador, Maria Amélia Maciel Machado, pelo procurador do Estado da Bahia, Miguel Calmon Dantas, e pelo presidente da Fecomércio-BA, Kelsor Fernandes. Também prestigiaram o evento as deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Kátia Oliveira (UB) e o deputado Luciano Simões Filho (UB).

Em seu discurso, Alan Sanches fez questão de ressaltar que não é comum ele apresentar projetos de concessão de honrarias, sendo bastante criterioso sempre que conhece uma figura relevante com feitos capazes de se cacifar à proposição de uma comenda. “Toda cautela não me foi necessária quando conheci Fernanda Silva Lordêlo e a sua história. Acredito, inclusive, que hoje falarei de Fernandas, porque não sei se esta Casa Legislativa já contemplou com a Comenda 2 de Julho figura tão multifacetada e tão presente em tantas diferentes atmosferas como Fernanda Lordêlo”, disse o deputado.

Para além do currículo de Fernanda Lordêlo, que é técnica em química pela Escola Técnica Federal da Bahia, graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), com especialização em Direto Processual Civil e Direito do Trabalho pela Juspodivm e mestrado em Bionergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador (FTC), Alan Sanches fez questão de destacar o trabalho da homenageada à frente da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude de Salvador (SPMJ), conferindo, como ele explica, “novos rumos e um inovador protagonismo à pasta, trazendo a defesa da mulher e da infância para o centro da discussão do poder público em sua atmosfera municipal, estadual e federal”.

A versatilidade da homenageada, com atuação múltipla, foi elogiada por Alan Sanches, que destacou a Fernanda docente e coordenadora de curso, a Fernanda ativista social, a Fernanda religiosa, filha de Iansã, e a Fernanda filha, esposa e mãe. Ele ressaltou ainda que a homenagem, no dia 7, data que antecede o Dia da Mulher (8 de março), não ocorreu por mero acaso.

“Estava escrito que essa Fernanda, mulher guerreira, dedicada profissional e tão acolhedora, em algum momento da sua estrada, teria o reconhecimento do Poder Público da sua significância para tantos e, sobretudo, para tantas por aí”, declarou o parlamentar.

A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, disse que a entrega da Comenda 2 de Julho a Fernanda Lordêlo era muito justa, pela figura compenetrada e rigorosa com os estudos, pela militância no trabalho social, pelo coleguismo, pela busca de justiça e equidade e verdade. “Continue dividindo o que você tem de melhor, que é o seu coração, sua generosidade. E que você alce novos e maiores voos, que eu estarei sempre ao seu lado”, afirmou.

Agradecimento

Após a exibição de um vídeo, com declarações de parentes, amigos e alunos, além do prefeito de Salvador, Bruno Reis, a homenageada recebeu a Comenda 2 de Julho das mãos da família e do deputado Alan Sanches, indo em seguida ao púlpito. Em seu discurso, agradeceu a homenagem prestada pela ALBA, na figura do deputado Alan Sanches, e fez uma reflexão sobre sua trajetória que a levou até aquele momento.

Lembrou de sua ancestralidade, nas figuras das avós materna e paterna, uma sindicalista e outra mãe de santo. Recordou sua passagem pela Escola Técnica, citando ex-colegas que estavam na plateia, do curso de direito, com amigos da UCSal também presentes, e de cada um dos estágios da vida.

A relevância maior ficou para a sua atual passagem pela SPMJ. “Que desafio! Trabalhar com políticas públicas que interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas da nossa cidade é uma responsabilidade sem precedentes. E esse é um desfaio coletivo, pois, na gestão, precisamos construir projetos com os nossos times, planejar estrategicamente, dialogar em rede, transformar a realidade através da escuta ativa e de muito compromisso”.

A secretária da SPMJ destacou a experiência diante da Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no final de 2013, que concentra, em um mesmo local, diversos serviços especializados de atenção às mulheres vítimas de violência. “Vem como uma grande referência de política pública. Uma entrega de relevante interesse público à qual tive a honra de liderar para garantir a implantação na nossa cidade”, disse a secretária, acrescentando que, desde que a Casa foi inaugurada, em 19 de dezembro de 2013, mais de mil mulheres já passaram por atendimento no local.

Fernanda também lamentou os números do relatório Elas Vivem, organizado pela Rede de Observatórios da Segurança em 2022, que indica que a Bahia se tornou o estado do Nordeste com maior índice de violência contra a mulher em números absolutos. Ela citou também dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que colocam a Bahia em 5º lugar, no Brasil, nos índices de feminicídio.

“De acordo com dados do Monitor de Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia tem 1,4 feminicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto o Brasil tem 1,3 casos. Essa é nossa realidade. Por isso, trabalho muito e acredito que precisamos estar juntos para, em um esforço comum, trabalhar na reconstrução de uma sociedade, que além de desenvolvida economicamente, seja mais justa e igualitária”, concluiu Fernanda Lordêlo.

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