A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira (28) o inquérito sobre o ataque contra Jair Bolsonaro, ocorrido em 6 de setembro, durante um ato de campanha do presidenciável em Juiz de Fora, Minas Gerais.
De acordo com o documento, obtido pela TV Globo, Adélio Bispo Oliveira, o agressor, agiu sozinho no momento do ataque e por motivação “indubitavelmente política”. Ele foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.
“No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, aponta o inquérito.
Preso em flagrante momentos depois de esfaquear o candidato do PSL à Presidência da República, Adélio confessou o crime nos três depoimentos que deu à PF.
A PF abriu um segundo inquérito para dar continuidade às investigações e ainda apura o envolvimento de outras pessoas fora do local do crime.
A investigação também aponta que Adélio acompanhou Bolsonaro durante todo o dia, tendo inclusive ido ao hotel em que estava programado um almoço com empresários locais.
“Configuram-se, portanto, indubitavelmente, indícios robustos de que houve uma decisão prévia, reflexiva e arquitetada, por parte de Adélio Bispo de Oliveira para atentar contra a vida do candidato”, acrescenta o inquérito.
A investigação também quebrou o sigilo bancário de Adélio, mas não encontrou “indicativos de aportes de recursos de suspeitos”.