O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta última terça-feira (28), do lançamento do relatório sobre “Acessibilidade e Equidade em Políticas de Energia Limpa”, da Agência Internacional de Energia (AIE). O documento foi divulgado durante evento paralelo do G20 Brasil, em Belo Horizonte.
O relatório mostra de forma argumentativa porque a acessibilidade e a equidade são tão críticas dentro dessas transições e inclui estudos de caso para benefícios em uma série de áreas, incluindo o aumento da acessibilidade e do acesso à energia limpa, a melhora dos resultados de saúde e a promoção do desenvolvimento econômico local, entre outros.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a transição energética não pode ser entendida apenas como um processo de substituição tecnológica. “O Brasil e o mundo precisam garantir que ela seja um novo modelo de desenvolvimento econômico e social”, afirmou.
A analista Sênior de Políticas da AIE, Jane Cohen, apresentou os principais temas e conclusões do relatório. Após a apresentação, os participantes debateram os resultados com as partes interessadas dos principais países e círculos eleitorais, incluindo o Brasil, África do Sul, Canadá e Índia.
Representando o MME, o diretor Gustavo Masili destacou que o acesso à energia acessível, confiável e sustentável é essencial para melhorar os padrões de vida, fomentar oportunidades econômicas e garantir o bem-estar social. “Os crescentes custos de energia podem impactar desproporcionalmente as famílias de baixa renda, exacerbando desigualdades existentes e levando à pobreza energética. É nossa responsabilidade coletiva implementar políticas e estratégias que protejam contra esses efeitos adversos, garantindo que os benefícios da transição energética sejam compartilhados de forma equitativa”, pontuou.
Mesa Redonda
Na segunda parte do evento, foi realizada uma mesa redonda moderada por um representante da AIE sobre como construir processos inclusivos em torno de transições de energia limpa e melhores práticas na criação de benefícios para as comunidades locais.
Entre os participantes estavam representantes da comunidade, da sociedade civil e do governo. A agenda ofereceu um intercâmbio de políticas e o compromisso do G20 com os princípios de igualdade e inclusão, como a igualdade de gênero e o envolvimento de comunidades marginalizadas e indígenas. O evento também trouxe ideias que poderão ser integradas ao trabalho da Comissão Global.