O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, e o Internacional de São Paulo, em Guarulhos, voltaram a registrar atrasos em decolagens na manhã desta terça-feira (20) em função da greve dos aeronautas.
Por volta das 7h, em Congonhas eram registrados 6 cancelamentos e 8 atrasos.
Já em Cumbica, a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, registrava três voos atrasados e nenhum cancelado.
Desde segunda (19), a paralisação ocorre diariamente das 6h às 8h. No primeiro dia, 50 voos em Congonhas sofreram atrasos.
Outros estados
A paralisação está prevista para ocorrer também nos aeroportos de São Paulo, Guarulhos, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Reivindicações
A categoria cobra melhores condições de trabalho, além de reajustes salariais.
Na sexta, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço no caso de greve da categoria.
A decisão é uma resposta à ação judicial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) contra o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
O que dizem as Companhias aéreas
Em nota, a Latam confirma atrasos na operação por conta da greve. A Companhia ainda afirma que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro para construção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Também por meio de nota, a Gol afirmou que todos os voos previstos foram operados e apenas alguns sofreram atrasos.
Negociações
No domingo (18), os aeronautas rejeitaram a proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), 76,43% votaram contra a proposta, 22,91% foram favoráveis, e 0,66% se abstiveram. Participaram da assembleia online 5.767 votantes.
Aeronautas são todos os profissionais que exercem atividade no interior de uma aeronave, como o comandante (piloto), co-piloto, comissário de bordo, mecânico de voo, navegador e radioperador de voo.
Proposta apresentada e recusada pelos trabalhadores:
100% INPC nos salários fixos e variáveis + 0,5% de aumento real, a incidir sobre:
- Diárias Nacionais
- Piso Salarial
- Seguro
- Multa por descumprimento da Convenção
- Vale Alimentação