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segunda-feira 13 de maio de 2024 às 15:33h

Advocacia predatória: Justiça manda suspender quatro advogados que acumulam 32 mil ações na Bahia

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Por ordem da Justiça da Bahia, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB da Bahia suspendeu quatro advogados investigados na Operação Data Venia, por suposta advocacia predatória, uso de documentos falsos e apropriação indébita. A medida foi determinada de acordo com reportagem de Pepita Ortega e Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, pela juíza Eduarda de Lima Vidal, da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador.

Foram suspensos do exercício de suas atividades os advogados Pedro Francisco Guimarães Solino, João Luiz de Lima Oliveira Júnior, Antonio Leonardo Souza Rosa e Leonardo Rodrigues Pimentel. A reportagem do Estadão pediu manifestação dos investigados.

Segundo o Ministério Público da Bahia, os quatro estão ligados a escritórios suspeitos do ajuizamento em massa de ações com pedidos semelhantes contra uma pessoa ou empresa específica.

Edital sobre suspensão de advogados da OAB-BA
Edital sobre suspensão de advogados da OAB-BA Foto: Reprodução/OAB

A suspensão do exercício da atividade profissional dos advogados foi determinada no mesmo despacho que culminou na abertura da fase ostensiva da Operação Data Venia, no último dia 24. Na ocasião, os quatro advogados foram alvo de buscas da Polícia Civil e da Promotoria da Bahia.

A Justiça decretou o bloqueio de até R$ 309 mil em bens do grupo de advogados sob suspeita.

A investigação foi instaurada após o Centro de Inteligência da Justiça Estadual da Bahia identificar que os escritórios investigados ajuizaram, nos últimos anos, ‘milhares de ações’, em especial nas varas do Juizado Especial de Defesa do Consumidor, contra um mesmo banco.

Os escritórios são responsáveis, juntos, por mais de 32 mil processos em trâmite no Tribunal de Justiça da Bahia.

Segundo o Ministério Público estadual, entre 2020 e 2022, uma das bancas interpôs 2.653 ações contra uma instituição bancária. Quando a Operação Data Venia foi aberta, a Promotoria indicou que ‘diversas ações judiciais foram propostas sem o completo conhecimento das partes, ou em favor de parte autora já falecida, como se ainda estivesse viva’.

A reportagem pediu manifestação aos citados, por e-mail. O espaço está aberto para manifestações.

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