Senadores da linha de frente da CPI da Covid vão fazer pressão para que o colegiado seja instalado esta semana. Eles avaliam segundo a coluna de Lauro Jardim no O Globo, que o adiamento determinado por Rodrigo Pacheco dá força à estratégia do Planalto de minar o nome de Renan Calheiros e derrubá-lo da relatoria das investigações.
Renan tem sido alvo de pesados ataques de bolsonaristas nas redes sociais desde que seu nome foi indicado para a vaga. O próprio senador pediu ao Twitter a exclusão de mais três mil contas vinculadas a essa artilharia.
Para parlamentares da CPI, o adiamento tem o dedo do Planalto para que Renan passe mais tempo sangrando e exposto a ataques enquanto não é confirmado no cargo. A avaliação é que a aposta do governo que, alvejado por um imenso volume de denúncias, o ex-presidente do Senado desista da missão e ceda a vaga a um colega mais controlável.