Brasil decidiu como vai participar da aliança mundial para a vacina contra a Covid-19 liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O acordo será flexível e deve garantir doses suficientes para imunizar 20% da população – cerca de 45 milhões de pessoas no país.
O percentual – 20% da população – é pré-determinado pelo acordo. O prazo para aderir ao tratado internacional terminou ontem, mas, até o fechamento desta reportagem, a OMS informou que não tinha informações oficiais sobre a adesão do país. O governo brasileiro, no entanto, já enviou uma carta- acordo manifestando interesse em participar da aliança.
Segundo a coluna de Jamil Chade, no Uol, o Brasil aceitou entrar integrar a iniciativa desde que se mantenha um certo grau de flexibilidade, uma vez que existem acordos já assinados com multinacionais que desenvolvem a vacina.
O acordo consiste no cofinanciamento para pesquisas que pretendem encontrar uma vacina eficiente contra a Covid-19. O investimento no caso do Brasil seria de R$ 4 bilhões.
De acordo com a OMS, 172 países já estão inseridos ou demonstraram interesse em participar da iniciativa. O objetivo da união é encontrar um imunizante eficiente, mas a baixo custo, e garantir que a distribuição do insumo seja igualitária.
Para os 90 países mais pobres do globo, as vacinas serão entregues gratuitamente, mas o Brasil, por ser considerado uma economia de renda média, precisará pagar pela vacina.
Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a participação é altamente positiva para o país, e mesmo que se tenha de abrir mão de doses produzidas aqui através das parcerias já vigentes, o acordo contribui para um avanço importante no combate à pandemia. “Não adianta combater a pandemia somente no nosso território. Se os países vizinhos estão cheios de casos, vai acabar refletindo em nós também”, avalia o médico.
O Ministério da Saúde confirmou a entrega da carta-acordo, mas não divulgou detalhes, já que eles caberiam ao Ministério das Relações Exteriores. Questionado, o Itamaraty informou não conseguir informações até o fechamento desta reportagem, às 20h30.
O Executivo vinha demonstrando interesse em aderir ao acordo, mesmo após hesitação inicial. A análise do governo era que os acordos bilaterais, com as multinacionais, poderiam ser mais vantajosos.
O Ministério da Saúde aposta na vacina de Oxford. O governo federal liberou R$ 2 bilhões para a Fiocruz receber, processar e distribuir 100 milhões de doses da vacina. Na segunda-feira, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, discutiram formas de acelerar o cronograma da produção dessa vacina no Brasil.
Gostei do assunto de sua divulgação, gostaria de ver se é pertinente para meu site.
Sds.