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segunda-feira 4 de abril de 2022 às 16:01h

ACM Neto não sente a pressão da polarização entre Lula x Bolsonaro

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Na disputa pelo governo do estado neste, ACM Neto (UB) tem na Bahia o recall político do avô e o bom índice de aprovação aos seus mandatos como prefeito de Salvador. Com uma aliança ampla, que inclui até João Leão (PP), que é o vice do governador petista Rui Costa, ele lidera as pesquisas de intenção de voto até aqui. Leão está em segundo nas pesquisas para o Senado.

Mas, segundo o portal O Antagonista, assim como em São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) já recebeu alerta semelhante, ACM Neto ouviu de aliados próximos nos últimos dias que há uma grande chance de a eleição na Bahia repetir a polarização nacional entre petistas e bolsonaristas.

É principalmente por isso que Neto não quer estar atrelado a candidato algum nacionalmente. Não à toa, no mês passado, ele derrubou na Justiça a divulgação de uma pesquisa que o colocava associado a Ciro Gomes (PDT). O ex-prefeito da capital baiana sabe quem tem votos entre eleitores de todos os pré-candidatos à Presidência da República.

ACM tem escutado que seu esforço precisa ser para tentar vencer a disputa já no primeiro turno. A Bahia tem um precedente consolidado de eleição de governadores em um único pleito. Foi assim nas últimas seis eleições: em 2018 e 2014 (Rui Costa, do PT); 2010 e 2006 (Jaques Wagner, do PT); 2002 (Paulo Souto, do PFL); e 1998 (César Borges, do PFL).

Na semana passada, Lula esteve em Salvador para lançar a pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação de Rui Costa. Apesar da lambança da esquerda antes de definir o nome dele — as pré-candidaturas de Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) não vingaram –, os petistas acreditam que Rodrigues pode avançar nas pesquisas, pois estão convencidos de que “o ‘ número 13’ ainda é muito forte na Bahia”.

Do outro lado, o candidato de Bolsonaro, João Roma (Republicanos), que deixou o Ministério da Cidadania para mergulhar na campanha, mostrou que vai para cima de ACM, de quem foi chefe de gabinete e que agora encara como adversário. Roma já andou dizendo, como noticiamos, que Lula tem dois candidatos na Bahia: o oficial, Jerônimo Rodrigues; e o “oficioso”, ACM Neto.

Sem sentir a pressão da polarização, o cacique ‘carlista’ tem procurado se manter firme na “neutralidade”. Isso ajuda a explicar porque reagiu com tanta veemência à filiação de Sergio Moro à União Brasil, partido do qual é secretário-geral. ACM não quer ficar colado a ninguém na corrida presidencial, ainda mais ao ex-juiz, odiado por lulistas e bolsonaristas.

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