“Se será aliado ou não, isso eu não posso afirmar”, diz Neto
Depois de sinalizar que a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL não irá afetar sua relação com a sigla no estado, o prefeito de Salvador e presidente do Democratas, ACM Neto (DEM), não confirmou segundo publicou o jornal A Tarde neste domingo (17) se manterá uma união com o partido Aliança pelo Brasil, que ainda está em gestação mas já foi anunciado com pompas e oração pelo presidente.
“Especificamente ao partido que o presidente vai criar, é óbvio, e há de se supor que não será um partido pequeno, pois se trata do presidente da República… E sendo o presidente, tem força de mobilização e capacidade de estruturação de um partido nacional. Agora, se será aliado ou não, isso eu não posso afirmar. O que eu posso dizer é que eu defendo que o Democratas é aliado do Brasil e não do governo A, B ou C. Primeiro o partido precisa existir, para depois pensarmos o que será feito”, destacou Neto.
Questionado se o sistema político brasileiro já não teria partidos demais, o prefeito citou a iniciativa do Congresso Nacional na realização de uma minirreforma política.
“Veja, não me cabe aqui censurar ninguém na sua vontade de fazer partido. Existe uma legislação clara do que precisa ser feito para alguém montar o partido. Se esse grupo de pessoas consegue alcançar as exigências legais, elas têm o direito de montar o partido. Segundo, o que o Congresso fez já contribui para, no futuro, diminuir o número de partidos; que é o fim da coligação proporcional e a limitação de acesso a tempo de televisão e ao fundo partidário. Vai haver um processo de redução dos partidos políticos no Brasil, isso eu não tenho dúvida. E por outro lado, eu acho que a reforma política deve ser perseguida com todas as forças pelo parlamento, para que os partidos sejam fortalecidos”, pontuou o presidente nacional do DEM ao jornal A Tarde.