Pré-candidato ao governo da Bahia, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) tem se articulado de acordo com o Tribuna, para ter o apoio do PP nas eleições. O partido do vice-governador João Leão está com a relação estremecida na base governista após saber que o governador Rui Costa (PT) que pode não renunciar para ser candidato a senador. A renúncia beneficiaria Leão que assumiria o comando do governo até 31 de dezembro.
A um interlocutor, Neto disse que é “grande” a chance do PP migrar para sua base política, e apoiá-lo na disputa ao Palácio de Ondina. Os pepistas têm evitado a falar sobre um possível rompimento com a base petista. “Por enquanto, nada a declarar”, diz o presidente nacional do PP, Cláudio Cajado, em entrevista à reportagem.
O PP vinha ameaçando romper com o grupo de Rui se o vice-governador João Leão (PP) não assumisse o governo. Anteontem, entrevista à rádio Metrópole, o senador Jaques Wagner (PT) disse que Rui não renunciará e permanecerá até o fim do mandato. O que acaba com as chances de Leão sentar na cadeira de governador.
“Comuniquei ao governador Rui Costa que não manteria minha candidatura e que a gente tinha que montar uma estratégia. Tenho a convicção de que iremos vencer novamente na Bahia. Hoje, o PT tem três nomes: Jerônimo Rodrigues, o secretário de Educação; Luiz Caetano, o secretário de Relações Institucionais; e Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas. São três bons nomes, sendo dois já muito testados eleitoralmente e um que tem muito sucesso com tudo o que pega para fazer. Rui entendeu a importância de ficar na cadeira até o final e vamos conversar novamente com o Lula”, disse Wagner.
Rui Costa, por sua vez, não comentou as declarações de Wagner. “Eu não vou, como eu me comprometi anteriormente, ficar comentando parte do diálogo que nós estamos tendo internamente até o fechamento, ou eventualmente ficar comentando criações e especulações de sites, de blogs ou, como a gente costuma ver, de ‘fontes não reveladas’. Eu prefiro não comentar”, declarou, em coletiva de imprensa. “De mim, vocês não ouviram nem em ‘on’, nem em ‘off’ nenhuma formação de chapa, nem parte da chapa. Então, se alguém quer cobrar alguma coisa, vai cobrar de quem falou”, acrescentou.
Ainda na entrevista, Wagner alfinetou o pré-candidato do União Brasil. Segundo o petista, qualquer nome apoiado por Lula já começa a eleição com 30% das intenções de voto. “Nós vamos ganhar a eleição, conheço um pouquinho disso. Não vejo grupo político ali, ele vive do nome do avô, porque cada cidade tem uma escola ou rua com o nome do avô, ele deu sorte que sucedeu um péssimo prefeito, tem uma imagem boa perante a população, vamos disputar”, declarou.