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sexta-feira 19 de junho de 2020 às 10:02h

ACM Neto admite teste de vacina contra Covid-19 em Salvador

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OMS fala pela primeira vez em chance de vacina contra covid-19 ficar pronta este ano

Após o governo de São Paulo anunciar a produção de testes de uma vacina contra o coronavírus, o prefeito ACM Neto (DEM) não descartou a possibilidade do quadro se repetir em Salvador.

Segundo o Bahia Notícias, no caso do governo paulista, foi firmada uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes em estágio avançado da vacina, que seria testada em nove mil voluntários do estado.

“Eu já fui procurado, mas eu não vou especular sobre isso. Possibilidade de testagem de vacina aqui em Salvador existe, já houve sinalização de uma instituição internacional nesse sentido”, revelou o prefeito ACM Neto (DEM) ao ser questionado sobre o assunto em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (18).

No entanto, Neto prefere manter cautela sobre o assunto. “Eu não vou antecipar, dizer quem foi, nem nada disso porque a gente não tem nada firmado, assinado e eu não sou irresponsável de tratar de um tema tão importante sem ser uma coisa oficial”, frisou.

Vacina contra covid-19 ficar pronta este ano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus possam ser produzidas ainda neste ano e outros 2 bilhões de doses até o fim do ano que vem, afirmou nesta última quinta-feira (18) a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan.

A OMS elabora um planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, afirmou a cientista. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.

“Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, envolve muita incerteza”, disse ela. “O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir.”

Cerca de dez imunizantes em potencial estão sendo testados em humanos, na esperança de que um possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção da covid-19. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma funciona. Soumya descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até 2 bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um “grande se”.

Sem mutação

A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.

A Agência Europeia de Medicamentos estimou em maio, sendo “otimista”, que uma vacina poderia estar pronta em um ano. No mesmo período, a OMS ainda falava em 18 meses.

Mas muitos países já esperam desenvolvimentos até o fim do ano, até para evitar uma segunda onda da epidemia com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Assim, os Estados Unidos esperam distribuir 300 milhões de doses em janeiro de 2021, por meio de projetos de financiamento a laboratórios. No caso, a intenção também é dar prioridade a idosos, cidadãos com histórico médico e trabalhadores essenciais.

Na China, a empresa farmacêutica estatal Sinopharm, que atualmente prepara duas vacinas em potencial, espera lançá-las no mercado até o início de 2021. Na Europa, onde vários projetos estão em andamento, esses prazos também estão em queda. Alemanha França, Itália e Holanda assinaram um acordo com a AstraZeneca para fornecer à UE 300 milhões de doses. Grupos farmacêuticos repetem que as vacinas serão vendidas a um preço acessível, e mesmo a preço de custo. A AstraZeneca prometeu “não lucrar nada” segundo o presidente Olivier Nataf, que estima um preço de 2 euros (US$ 2,24 ) por dose.

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