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sábado 13 de junho de 2020 às 17:31h

‘A turma do Temer, Geddel, Eduardo Cunha nunca apoiou o PT’, afirma ex-presidente Lula

POLÍTICA


O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversou com blogueiros em transmissão online na tarde desta quinta-feira (11). Durante a conversa que durou mais de duas horas, Lula atacou não apenas o presidente atual, Jair Bolsonaro (sem partido), como o MDB, antigo aliado do PT.

“O MDB nunca acompanhou a gente totalmente. A turma do Temer, Geddel, Eduardo Cunha nunca apoiou o PT. Quando a Dilma foi candidata a gente precisava de mais tempo para torna-la mais conhecida. O meu sonho em 2014 era que o PT não tivesse mais aliança com o MDB, que fizesse uma aliança com o Eduardo Campos. A gente não precisava do PMDB em 2014. A primeira coisa que [o partido] deu de presente pra Dilma foi o Eduardo Cunha na presidência da Câmara”, afirmou.

Na entrevista, Lula voltou a pedir que a população exija que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analise os pedidos de impeachment que estão na Casa. Mas afirmou, no entanto, que “não adianta tirar o Bolsonaro e deixar o Mourão”, para o ex-presidente, é preciso que uma eleição direta seja realizada em caso de impeachment.

“Eu não quero que aconteça como no Egito, não quero dois tanques para tirar o presidente. Quero que democraticamente a gente o tire (Bolsonaro) e eleja um novo presidente. Eu acho que a Justiça Eleitoral pode, sim, cassar a chapa e tem a hipótese infortúnia do presidente falecer. Mas eu prefiro ele vivo e eu brigando com ele”, completou Lula. Ele também atacou o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Moro é um embuste, um ídolo de barro”, afirmou. Ele ainda disse estar “provocando” Moro e o procurador Deltan Dallagnol para um debate.

Perguntado se, caso a Justiça autorizasse, ele seria candidato novamente à Presidência da República, Lula desconversou. “Não posso dizer que não sou candidato porque na política nem sempre você determina seus passos. Não devemos discutir isso agora”, concluiu. Ele também reafirmou que não vê razões para se aproximar de algumas organizações da sociedade civil e partidos que, segundo Lula, ajudaram a tirar do poder a ex-presidente Dilma Rousseff.

Lula também atacou Bolsonaro ao criticar as atitudes do presidente contra o isolamento social. Segundo ele, Bolsonaro acha “que velho não é gente”. O petista também disse se sentir angustiado por estar trancado em casa. “Parece que eu estou livre, mas não estou livre. Estou mais angustiado que quando fiquei preso”, afirmou.

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