De um ministro do governo Lula, afiando de acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, a ironia depois de um chá de cadeira de três horas a que foi submetido por Rui Costa para uma reunião que acabou adiada: “O Rui é uma unanimidade… Não acredito que na Bahia ele peça votos do jeito que ele conduz a Casa Civil”.
Citado em uma delação premiada que o ligou a desvios milionários na compra de respiradores durante a pandemia, como publicou o jornalista Aguirre Talento em abril, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, vem se queixando do inquérito aberto em 2020, desde o início do governo Lula.
Segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, Rui já manifestou a integrantes das gestões Flávio Dino e Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça descontentamento com as apurações em torno do caso, que remete à época em que era governador da Bahia e presidia o Consórcio Nordeste.
A delação premiada que cita Rui Costa foi fechada pela empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da Hempcare, que recebeu R$ 48 milhões do adiantados pela importação de 300 respiradores da China, mas não entregou nenhum deles. O acordo de Cristiana foi fechado com a PGR em 2022 e ela devolveu R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Em seus depoimentos, a empresária disse ainda conforme o colunista do Metrópoles, que a contratação da Hempcare teve como intermediário um empresário que se disse amigo de Rui Costa e da então primeira-dama do estado, Aline Peixoto. O intermediário teria cobrado comissões de R$ 11 milhões na transação.