O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (14) que a imprensa tenta torná-lo criminoso ao falar de assessora fantasma que o parlamentar manteve em seu gabinete.
“Procuraram minha mãe, caluniaram meu pai, reviraram minha infância e agora atacam uma funcionária que além de sua função tirava uma renda extra, como qualquer brasileiro humilde. A imprensa tenta me tornar criminoso, mas nem ela acredita, senão estaria me bajulando até na cadeia”, escreveu o candidato em sua conta no Twitter.
Em seguida, publicou: “Se procurassem dos meus adversários 10% do que já procuraram de minha vida, achariam 1000% mais do que acharam. Quem sabe assim deixariam de encher linguiça nas matérias por não conseguirem mais do que um título subjetivo para derrubar quem não está no sistema!”
Em janeiro, a Folha de S.Paulo revelou que Walderice Santos da Conceição, lotada como assessora no gabinete do deputado do Rio de Janeiro, vende açaí na praia em Angra dos Reis (RJ), onde o parlamentar tem uma casa.
A funcionária fantasma trabalha no Wal Açaí na Vila Histórica de Mambucaba.
Nesta segunda (13), a reportagem da Folha de S.Paulo voltou ao local e constatou que a funcionária continuava vendendo açaí na praia quando deveria estar em expediente na Câmara, em Brasília.
Entre janeiro e julho, a funcionária fantasma recebeu R$ 17 mil em verbas da Câmara.
Walderice pediu demissão após a visita da reportagem. “Ela pediu para mim para ser exonerada e eu assinei a demissão dela”, disse Bolsonaro na segunda.
Até esta terça, a demissão dela não havia sido publicada em boletim administrativo da Casa, mas Walderice não consta mais nos assessores lotados no gabinete de Bolsonaro.