O conflito entre Rússia e Ucrânia tem se tornado palco de novas táticas de combate, sobretudo pelo uso extensivo de drones. A primeira “estrela” foi a Aeronave Não Tripulada (UAV em inglês) Bayraktar TB2, produzida pela então pouco conhecida Baykar, da Turquia.
Com seu baixo custo e versatilidade, o TB2 executou várias missões cruciais da Força Aérea da Ucrânia que causaram muitas perdas para a Rússia. Ficou claro desde então que os pesados e caros caças e aviões de ataque Su-35 e Su-34, entre outros, não seriam tão efetivos quanto os pequenos drones e seus motores a hélices.
Desde setembro, foi a vez da Rússia experimentar algum sucesso com drones. Surpreendentemente, tratam-se de projetos do Irã, fabricados pela empresa HESA, mas que teriam sido desenvolvidos pela Shahed Aviation Industries.
O drone “kamikaze” é lançando de uma plataforma móvelEm oito meses desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em sua “operação militar especial”, o uso de drones tornou-se tão comum que praticamente redesenhou as estratégias militares. Com custo/benefício atraente, essas aeronaves evitam baixas de pilotos altamente treinados e difíceis de serem repostos. Podem não ter um grande impacto isolado, mas o baixo custo torna possível ataques massivos.
No entanto, por conta da tecnologia limitada, podem ser neutralizados com certa rapidez, exigindo novas táticas e equipamentos. O próprio TB2, tão efetivo nos primeiros meses de guerra, deixou de ser uma grande ameaça assim que suas características de voo foram compreendidas. É o que deverá ocorrer em breve com o Shahed 136.
Modelo | Shahed 136 | Bayraktar TB2 |
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Fabricante | HESA – IRÃ | Baykar – TURQUIA |
Comprimento | 3,5 m | 6,5 m |
Envergadura | 2,5 m | 12 m |
Peso máximo de decolagem | 200 kg* | 650 kg |
Velocidade | 185 km/h | 130 km/h |
Alcane | 2.500 km* | 150 km |
Motor | 50 hp | 110 hp |
Carga paga | 40 kg | 140 kg |
Decolagem | Por plataforma e assistida por foguete | Pista convencional |
Preço | US$ 20.000 | US$ 1 milhão |