A guerra de Arthur Lira (PP-AL) com a Petrobras está só no começo conforme informa a coluna Radar— e segundo a publicação, vai piorar bastante nas próximas semanas. O chefe da Câmara, de olho na gigantesca insatisfação do país com a alta de preços — gasolina a 7 reais, gás de cozinha a 135 reais –, decidiu adotar o tema como uma prioridade do Legislativo.
Em ano pré-eleitoral, não é preciso dizer que os colegas de Parlamento abraçaram com força a discussão. Na Câmara, muitos parlamentares concordam com o que disse o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a Petrobras repassar rápido demais os reajustes puxados pelo dólar.
A discussão encabeçada por Lira, que flerta com a interferência política na estatal, deve exigir mais viagens a Brasília do chefe da estatal, Joaquim Luna. Enquanto o governo de Jair Bolsonaro nada faz nessa área, governadores começam a reduzir impostos e a estabelecer benefícios como o vale gás de João Doria.
Essa diferença de atuação gera comparações no eleitorado que tornam os aliados de Bolsonaro menos populares nas bases.