Alvo de tantas comparações com Donald Trump, Jair Bolsonaro adota uma estratégia já usada pelo presidente americano. Quando precisa lidar com alguma questão complexa, costuma anunciar uma medida radical, que acaba provocando gritaria imediata. Em seguida, recua e “cede” para o que pretendia fazer desde o início. Mas como não adotou a medida radical original, os opositores acham que obtiveram algum tipo de vantagem.
Foi assim, por exemplo, com as propostas de extinção dos ministérios do Meio Ambiente e do Trabalho. Depois do recuo da extinção, Bolsonaro pode nomear quem bem entender que não vai parecer uma decisão tão ruim quanto seria a extinção.